Artes/cultura
26/06/2015 às 14:04•1 min de leitura
Duzentos milhões de espermatozoides: essa é a quantidade média produzida pelos testículos diariamente. O processo para chegar a esse número, no entanto, é um pouco mais extenso, levando 64 dias até o fechamento de um ciclo completo.
E se os testículos são como grandes fábricas, as linhas de montagem chamam-se túbulos seminíferos. Um homem pode ter de 250 a 1.000 túbulos por testículo, e cada um deles pode chegar a 70 centímetros de comprimento – a extensão aproximada de todos os túbulos do testículo combinados é de 250 metros!
Uma parede chamada de epitélio germinativo envolve os túbulos, e é nela que a maior parte do desenvolvimento dos espermatozoides acontece. Tanto a parede quando os túbulos são formados por dois tipos de células principais: as espermatogônias, que darão origem aos espermatozoides; e as células de Sertoli, que funcionam como as "babás" durante todo o processo.
Enquanto as espermatogônias ficam se amontoando na parte de fora do epitélio germinativo, as células de Sertoli ficam no interior, fazendo o controle do fluxo de secreções entre os compartimentos tubulares e, dessa forma, controlando também a maturação das células germinativas.
Antes de se tornarem um espermatozoide, as espermatogônias têm que passar por seguidos processos de divisão celular – as meioses e mitoses daquelas aulas de biologia, lembra? –, incluindo a fase de espermatócito e espermátides. Para cada fase de maturação, as células de Sertoli movimentam os futuros espermatozoides para mais próximo do centro do túbulo seminífero e os ajudam a maturar através da secreção de proteínas.
No final dessa linha de produção, as espermátides já passam a desenvolver sua cauda – ou flagelo –, reorganizar seu conteúdo celular e se desfazer de boa parte do citoplasma (para ficarem mais rápidas), até finalmente se tornarem um espermatozoide pronto para a geração de uma nova vida.