Família alérgica ao frio passa o inverno isolada por causa de rara doença

30/10/2013 às 05:252 min de leitura

A britânica Bianca Anton, de 35 anos, e seus filhos Max, 15 anos, e Megan, de 5 anos, sofrem de urticária induzida pelo frio, ou simplesmente alergia ao frio, como a doença é comumente conhecida. Moradores da cidade de Nottingham, na Inglaterra, os três passam a maior parte do inverno isolados do mundo devido ao clima frio que pode comprometer sua saúde.

A doença é rara, dolorosa e pode desencadear crises que fazem com que a pele apresente bolhas e inchaços, além da coceira que costuma fazer parte do quadro. Aqueles que sofrem com a urticária ainda correm o risco de sofrer um choque anafilático fatal se sua pele entrar em contato com qualquer coisa que tenha menos do que 4,4 °C.

“É horrível forçar as crianças a ficar isoladas o tempo todo, eles se sentem prisioneiros na própria casa. Precisamos manter o aquecimento constantemente porque qualquer vento pode causar uma crise. Gastamos cerca de 60 libras [mais de 200 reais] por mês com aquecimento, mas não temos escolha. Se ficar muito frio, nós três ficamos doentes e caímos de cama”, explica a mãe.

Nem frio nem calor

Fonte da imagem: Reprodução/The Mirror

Se ter alergia ao frio já não é difícil o suficiente para manter uma vida normal, a família também pode ter crises se a pele entrar em contato com o suor. Embora os conhecidos de Bianca acreditem que viver em uma cidade quente poderia ajudar a amenizar a doença, o calor de determinadas regiões poderia ser tão cruel quanto o frio.

 “Algumas pessoas perguntam por que não nos mudamos para um país mais quente, mas ter essa doença significa que também somos alérgicos ao suor. Ficamos bem apenas em condições amenas. Como no país geralmente não faz muito calor, somos mais afetados durante o inverno”, revela Bianca.

A alergia ao frio é uma condição que afeta uma em cada 100 mil pessoas. Apesar das dificuldades de conviver com a doença, Bianca foi diagnosticada com 13 anos e, desde então, precisou ser reanimada duas vezes depois de sofrer com inchaços graves na região do pescoço. Por viver isolada do frio há tantos anos, Bianca sabe quais são os principais cuidados a serem tomados e tenta garantir que os filhos não passem pelos mesmos problemas que ela.

No ano passado, ela teve que buscar a filha às pressas na escola porque a menina teve uma crise enquanto caminhava pelo parquinho. Chorando, Megan sentia sua pele coçar intensamente e apenas um banho morno foi capaz de amenizar os sintomas. A mãe agora tenta transferi-la para uma escola mais perto de onde moram.

“É realmente doloroso. As pessoas nem acreditam quando você conta. E você quer se coçar, mas não pode porque as cicatrizes duram por um ano”, conta Max, o filho mais velho, que não pode brincar com seus amigos durante o recreio.

Uma rara condição

Fonte da imagem: Reprodução/Nottingham Post

De acordo com a notícia do The Mirror, as causas da urticária induzida pelo frio são desconhecidas, mas os médicos acreditam que exista alguma relação com doenças preexistentes, como a catapora.

As piores crises acontecem em situações em que a pessoa tem seu corpo inteiro exposto ao frio, como nadar em águas geladas, por exemplo. Inclusive, os alérgicos ao frio são aconselhados a não nadar desacompanhados, pois existe o risco de afogamento.

Os sintomas da doença aparecem em poucos minutos e podem durar até duas horas. As crises resultam em diminuição da capacidade respiratória, dor abdominal e irregularidades no batimento cardíaco. Os casos mais graves podem levar à queda da pressão arterial, colapso e morte. Em geral, esses pacientes são regularmente medicados com altas doses de anti-histamínicos para controlar os sintomas.

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