Ciência
14/03/2013 às 06:03•1 min de leitura
A Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, o CERN, anunciou que os dados coletados pelas últimas experiências no Grande Colisor de Hádrons indicam que os cientistas estão mesmo analisando o Bóson de Higgs.
Apesar da precaução do anúncio, o porta-voz da organização, o físico americano Joe Incandela, informou, durante conferência em Moriond na Itália, que a equipe está confiante na descoberta, mas ainda falta determinar qual é o tipo do bóson em estudo — se o modelo padrão ou uma forma mais leve da partícula conforme sugere algumas teorias.
De acordo com o CERN, os dados disponíveis hoje pela organização são duas vezes maiores do que na época do anúncio da descoberta da partícula em julho do ano passado. Naquela ocasião, os cientistas estavam interessados na possibilidade do Bóson se subdividir em maneiras que a ciência não havia previsto. A partícula elementar parecia gerar um excesso de fótons, o que poderia revelar algo inédito sobre a matéria escura e a estrutura espaço-temporal.
O estudo sobre o Bóson de Higgs utiliza as experiências com o Grande Colisor de Hádrons, o maior acelerador de partículas do mundo, localizado na fronteira entre a França e a Suíça. Nele, feixes de energia são disparados em direções opostas para colidir e simular as explosões ocorridas imediatamente após o Big Bang.
O resultado dessas experiências no Large Hadron Collider (LHC) do CERN é que levou à descoberta do Bóson de Higgs, confirmando a antiga teoria de Peter Higgs – de que é o bóson que dá massa às partículas no momento em que ocorre a interação com o campo.
O anúncio de hoje é um grande avanço para os conhecimentos teóricos da Física, mas como os cientistas previnem ainda há muitas perguntas a se fazer sobre a partícula e muito tempo de estudo pela frente. Para Incandela, “é certo que estamos lidando com o Bóson de Higgs, apesar de que temos um longo caminho a percorrer até saber qual modelo é esse”.