Estilo de vida
05/05/2019 às 07:00•2 min de leitura
Que os drones vêm ganhando espaço e sendo usados para cada vez mais tarefas não é nenhuma novidade. Mas nunca um desses equipamentos havia sido empregado para o transporte de órgãos humanos para transplante! Porém, foi isso o que aconteceu recentemente nos EUA, quando um rim foi levado de um hospital a outro para ser transplantado em uma paciente com falência renal.
De acordo com Ben Taub, do site IFLScience!, o percurso não foi muito longo – o rim foi levado de um hospital até o Centro Médico da Universidade de Maryland, cobrindo uma distância de pouco menos de 5 quilômetros –, mas foi um teste bastante importante. Isso porque o drone que transportou o órgão foi desenvolvido especificamente para esse fim e tem como objetivo permitir que tecidos humanos sejam levados de um ponto a outro da forma mais segura e rápida possível.
(Reprodução / YouTube / Centro Médico da Universidade de Maryland)
Como você deve saber, os órgãos doados para transplante têm um “prazo de validade” bastante curto, isto é, dependendo do período de tempo transcorrido entre a remoção do tecido do doador e a cirurgia do receptor, eles podem não ser mais viáveis. No caso de pulmões e coração, por exemplo, o intervalo é de apenas 4 a 6 horas, mais ou menos, e, hoje em dia, o transporte normalmente é feito por automóveis ou aviões, o que significa que podem ocorrer inúmeros imprevistos e atrasos que podem impedir que o transplante ocorra.
Segundo Ben, é aí que entra o drone. O equipamento conta com 8 rotores, que conferem a ele bastante estabilidade, e possui um sistema de monitoramento – que inclui leituras de temperatura, pressão barométrica, altitude e vibração – que garante que o órgão chegue em perfeitas condições ao seu destino. Além disso, o drone recebeu propulsores, motores, baterias e placa de distribuição de energia sobressalentes para se alguma peça sofra pane, teve um paraquedas e dispositivo de recuperação para preservar o órgão em caso de quedas.
(Reprodução / YouTube / Centro Médico da Universidade de Maryland)
O trajeto pode ser rastreado em tempo real e todas as informações relacionadas com o transporte podem ser acompanhadas pelos médicos através do celular. No caso do teste, o drone percorreu um caminho situado em uma área urbana densamente povoada em menos de 10 minutos, o que significa que a nova tecnologia poderá ser empregada para expandir o acesso a transplantes e salvar vidas em breve. Bacana, né?