Ciência
08/01/2020 às 05:00•1 min de leitura
As raízes fossilizadas da floresta mais antiga do mundo foram encontradas em uma jazida abandonada que se estende desde o Cairo, em Nova Iorque, até o estado da Pensilvânia. Os fósseis de 386 milhões de anos podem ajudar na compreensão da mudança climática da Terra.
O lugar foi descoberto no vale de Hudson, em 2009, por cientistas da Universidade de Binghamton, do Museu do Estado de Nova York e Universidade de Cardiff. Acredita-se que a floresta foi destruída por uma inundação, pois também foram encontrados fósseis de peixes na superfície da pedreira.
Segundo os cientistas responsáveis pela descoberta, o local era composto por árvores de três tipos diferentes, com troncos com grossura de 11 metros e raízes com 15 centímetros de comprimento. Um deles é do gênero Archaeopteris, parente dos vegetais modernos, que possui raízes largas e pode atingir até 12 metros de comprimento. O outro é o Cladoxilopsidos, uma planta sem folhas que chegava a ter até 10 metros, e o terceiro ainda não foi identificado.
Além disso, os pesquisadores encontraram raízes lenhosas muito longas, que transformaram a forma como as plantas e os solos coletam a água. O surgimento das florestas causou mudanças permanentes na ecologia, pois há milhões de anos, os níveis de gás carbônico na atmosfera do planeta eram entre 10 a 15 vezes maiores do que atualmente. As árvores contribuíram com reações químicas que diminuíram o nível de dióxido de carbono, consequentemente aumentando os níveis de oxigênio, auxiliando assim na evolução dos insetos.
Estudar esses fósseis pode aumentar a compreensão das mudanças climáticas modernas e das consequências do desmatamento, pois entender o passado sempre ajuda na preparação para o que o futuro pode trazer.