Ciência
11/07/2014 às 11:12•1 min de leitura
Não se assuste, mas você pode estar comendo polpa de madeira. Ou pelo menos um aditivo que começou como madeira. Se você comprar queijos picados, incluindo marcas como a Organic Valley e Sargento, ou passar no McDonald’s para comer um sanduíche ou, ainda, degustar algumas costelas com uma garrafa de molho de churrasco, provavelmente você estará ingerindo celulose.
A celulose é, basicamente, a fibra vegetal, e uma das fontes mais comuns é a polpa de madeira. Fabricantes trituram a madeira e extraem a substância. É estranho imaginar o mesmo tipo de polpa que é usada para fazer o papel transformando-se na nossa alimentação.
Contudo, não é nenhuma novidade sobre o uso de celulose pela indústria de alimentos, cujo motivo alegado é o de adicionar textura e fibras a eles. O FDA, órgão americano que regula os alimentos e drogas farmacêuticas, há muito tempo deu luz verde para essa prática.
E, em nossos corpos, esta celulose passa pelo nosso trato gastrointestinal e praticamente não é absorvida. O cientista de alimentos John Coupland, da Universidade Penn State, diz que não importa muito de onde a celulose vem. Em teoria, você pode extraí-la a partir de qualquer planta, como espargos ou cebola, embora seja um desperdício, nesse caso, de boa comida.
"Uma boa maneira de pensar sobre isso é perguntando: será que a celulose utilizada em nossa comida será melhor ou pior se a for proveniente de outra planta?". A resposta é basicamente um não. "A celulose é apenas uma molécula, e, provavelmente, aquela que é a mais presente em nossas dietas."
De acordo com a Organic Valley, o uso de celulose em queijos picados da marca é usado como antiaglomerante. Isso ajuda a evitar que os pedaços de queijo se aglomerem e grudem uns nos outros. Basicamente toda a indústria alimentícia faz o mesmo uso da polpa de madeira.
Se você está degustando um salgado com queijo enquanto lê essa matéria, provavelmente você está ingerindo celulose.