Conheça diferentes tradições de casamentos pelo mundo

06/07/2012 às 07:296 min de leitura

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Noiva de branco sobe ao altar da igreja, acontece uma cerimônia, os noivos se beijam e vão para a festa. Mesmo que não seja num templo religioso e aconteça numa praia ou em um restaurante, o costume é praticamente o mesmo em diversas culturas, com algum líder ministrando a união, que é celebrada pelos familiares e amigos.

Esse é o ritual mais comum no Brasil e em outros países. Porém, existem diversas partes do mundo que possuem tradições de matrimônio bastante diferentes das nossas.

Muitas delas até foram incorporadas em cerimônias brasileiras de casais descendentes de gregos, japoneses, judeus, ucranianos ou alemães, por exemplo. A organizadora de casamentos Ana Maria Sayão já realizou uma cerimônia muito interessante em que a noiva era de nacionalidade grega e o noivo, japonês.

Ela conta que o resultado da mistura de culturas foi incrível: “Depois de algumas reuniões com eles, para identificarmos o que cada um esperava do ‘grande dia’, tivemos a ideia de mesclar as duas culturas tão diferentes de forma que ficasse real e harmoniosa”, revela Ana Maria.

Além de levar à festa alguns rituais das culturas, como a animada quebra de pratos tradicional dos gregos, Ana Maria conta que a escolha também foi inovar no cardápio: “O coquetel foi totalmente oriental, tendo mesas de sushi com direito a sushiman e tudo mais, e o jantar foi baseado em pratos gregos como a moussaka e outros”, diz a organizadora, que acrescentou: “O resultado final foram muitos elogios pela criatividade ao fazer a união de duas culturas tão diferentes”, finaliza.

De fato, a fusão de culturas distintas em uma só festa de casamento é extremamente interessante e pode deixar uma cerimônia ainda mais encantadora e surpreendente.

Você quer conhecer um pouco mais sobre as tradições de casamentos que existem em diversas partes do mundo? O TodaEla selecionou alguns costumes diferentes praticados em outros países e até outros bem esquisitos que existem por aí. Confira abaixo.

Tradições pelo mundo

China – Troca de vestidos

O costume da noiva chinesa é de ter ao menos três vestidos para serem usados durante a festa. Essa tradição, que hoje acontece também no Brasil, faz parte das versões modernas dos casamentos chineses. Primeiro, há o tradicional qipao ou cheongsam, que é geralmente vermelho, pois a cor simboliza sorte na cultura chinesa.

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Em seguida, a noiva pode trocar pelo vestido branco usual de noivas ocidentais. No final, a noiva deixa por alguns minutos a recepção para colocar um vestido de outra cor a sua escolha ou um vestido curto.

Nas cerimônias mais conservadoras, uma banda de músicos, tocando gongos e flautas, acompanha o caminho da noiva para a casa do noivo. Dependendo da região da China, as cerimônias têm tradições diferentes, como o ritual do chá.

Índia – Joias e mãos pintadas

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Antes de uma noiva indiana se casar, suas amigas e parentes decoram suas mãos e pés com desenhos elaborados com henna chamados “menhdi”. Os desenhos são incrivelmente detalhados e demoram horas para ficarem prontos. Outras tradições indianas é de a noiva estar adornada com muitas joias. Ela também pode fazer o ritual de jogar um pote de arroz na casa do noivo (onde geralmente é feita a cerimônia) para trazer boa sorte e fartura à união.

Judeus - Mazel Tov!

A quebra do vidro em casamentos judaicos, em que o noivo esmaga um copo com o pé no final da cerimônia, é uma tradição que remete a algumas lendas, mas não se sabe qual é a verdadeira origem. Alguns sustentam que o vidro quebrado simboliza a destruição do grande templo de Jerusalém no ano 70 dC, enquanto outros dizem que o vidro quebrado é um lembrete de que a alegria deve ser sempre moderada.

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De qualquer forma, quebrar o vidro na festa judaica de casamento é um ato realizado no espírito de felicidade com todos convidados desejando "Mazel tov!", que significa “boa sorte”!

Rússia - Resgate da noiva

Os noivos russos têm de trabalhar para conseguir as suas noivas pouco antes da cerimônia. Mas, é tudo uma grande brincadeira tradicional. Antes do casamento, o noivo aparece na casa da noiva e pede novamente a mão de sua amada. Então, seus amigos e familiares recusam o pedido do rapaz até que ele pague o “resgate” em brindes, joias, dinheiro ou com algum tipo de trote.

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A partir daí ele ainda é obrigado a fazer danças e a aceitar outras brincadeiras, que podem ser do tipo de mau gosto. Uma vez que o noivo impressiona os amigos e familiares com este resgate nupcial, chamado de "nevesty vykup", ele é permitido ao encontro da noiva.

Paquistão – Sapatos desaparecidos

Enquanto noivos russos estão resgatando suas noivas, os homens paquistaneses têm de pagar se quiserem manter os seus sapatos. Depois de um casamento paquistanês, o casal regressa a casa para uma cerimônia chamada "mostrando o rosto”.

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O ritual consiste em que a família e os amigos segurem um xale verde sobre a cabeça do casal e um espelho. Então a noiva remove o véu que ela usa durante toda a cerimônia para revelar seu rosto ao noivo. Enquanto os pombinhos estão ocupados, olhando um para o outro, as mulheres da família da noiva somem com sapatos do noivo e pedem resgate para devolvê-los.

Muçulmanos – Mulheres de um lado, homens do outro

Embora os casamentos cristãos no mundo árabe têm semelhanças com os casamentos ocidentais, as cerimônias muçulmanas nos países árabes são mais influenciadas pelas tradições mais antigas em que ocorre a segregação dos sexos. Assim, a cerimônia acontece com áreas exclusivas para os homens separados das mulheres.

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O casamento islâmico é como um contrato. A família do noivo é quem procura a noiva que julgar ideal para o rapaz. Feito isso, ele deve visita-la sob a vigilância dos familiares para assegurar a pureza da moça. Além disso, caso o noivo confirme que a noiva não é virgem, ele pode anular o casamento. Isso também pode acontecer na cultura indiana.

Cantão – O preço da noiva

As cerimônias de casamento cantonesas geralmente seguem as principais tradições dos casamentos chineses, porém alguns rituais são específicos para o povo cantonês. Em um deles, o “preço” da noiva é baseado na condição econômica do noivo.

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A ideia de "vender a filha" ou noiva não é uma expressão muito usada, apesar de o fato acontecer em algumas famílias. Por isso, o valor desse dote da noiva não é muito exigido em todas as ocasiões. Na maioria das vezes isto vem em forma de joias de ouro, tecido fino ou mesmo um porco assado, que simboliza a virgindade da noiva. Presentes de casamento são oferecidos pelos casais de idosos e chá é servido pelos membros mais jovens da família.

Grécia – Comidas, pratos quebrados e muita festa

A alegria dos gregos com a união do casal já começa dois ou três dias antes do casamento, quando os noivos organizam uma festa chamada Krevati (“cama” em grego) em sua nova casa. Neste dia, amigos e parentes do casal colocam dinheiro e crianças na nova cama dos noivos para trazer prosperidade e fertilidade na vida deles. Após esse ritual, eles partem para a celebração com comida muita comida e música.

No dia do casamento, o noivo não pode ver a noiva até o momento esperado da união. Depois de trocarem buquês de flores, eles têm a cerimônia de casamento, onde o padrinho entrega as alianças e coloca coroas sobre o casal. No final da cerimônia de casamento, os convidados especiais, como amigos íntimos e familiares, recebem amêndoas açucaradas (tradicionalmente em número ímpar), como um presente do casal.

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Após a cerimônia, geralmente o casal realiza uma festa grande com muita comida, bebidas, música e dança, geralmente até a manhã seguinte. Como símbolo de sorte e prosperidade, os gregos realizam a famosa quebra de pratos ao som de uma música folclórica tradicional.

Polônia – Dias e dias de festa

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Quem nunca ouviu a expressão “casamento de polonês”, para festas que duram vários dias? A frase não ficou conhecida à toa, pois os poloneses fazem mesmo comemorações que podem durar dois, três dias ou até mais, entre a cerimônia principal, a festa com rituais, comidas, bebidas, danças e brincadeiras, além de outras celebrações. Essa tradição veio como uma forma do povo estender os momentos de alegria, depois de ter sofrido tanto durante a guerra.

Cerimônias estranhas ou bizarras

Por enquanto você está achando tudo normal, bonito e fofo, não é verdade? Porém, os casamentos e noivados que existem pelo mundo não são somente feito de vestidos bonitos, comidas e momentos agradáveis. Há muitos rituais estranhos e até bizarros, que fazem parte das cerimônias de outros países. Quer conhecer? Confira abaixo e agradeça por ser uma noiva brasileira!

Índia: casar com um animal

De acordo com um artigo do site Environmental Graffiti, as mulheres indianas podem ser forçadas a se casarem com animais. Isso acontece em algumas regiões do país, onde existe a crença de que os fantasmas podem habitar certas pessoas. Fazendo as meninas casarem com animais é a forma de exorcizarem o mal. Mais especificamente, eles acreditam que esses “maus espíritos” estão em meninas que já nascem com um dente de leite, que são feias ou têm alguma desfiguração facial.

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Normalmente, os animais “noivos” são cabras ou cachorros. Mas, calma! A menina não precisa passar o resto dos dias com o animal e muito menos fazer alguma coisa com ele. Esse casamento é simbólico. Ela é livre para casar com um homem mais tarde, quando os familiares acharem que os “fantasmas” já se foram. O difícil é saber como eles chegam nessa conclusão...

Malásia: não ir no banheiro 72 horas antes do casamento

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É isso mesmo que você está lendo acima. Segundo a tradição de algumas regiões da Malásia, os noivos não podem urinar e nem fazer o “número dois” por 72 longas horas. O casal é tratado pelos familiares apenas com o mínimo de água e sem comida alguma.

Além disso, eles são vigiados o tempo todo para nada, literalmente, “sair” do roteiro. De acordo com a crença, se o casal consegue passar por essa prova torturadora, eles são capazes de sobreviver a uma vida juntos, e além de ter fertilidade, nenhum dos seus filhos irá morrer. Mas, precisa desse sofrimento todo, gente?

Mauritânia: engordar as meninas para casar

Na região da Mauritânia, na África, mulher atraente e boa para casar é mulher obesa, mesmo que ela não consiga nem andar por conta do peso. Por conta disso, meninas novinhas, a partir de uns cinco anos de idade, são obrigadas pelas mães a ingerir grandes porções de comida, muitas vezes até passarem mal.

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A prática é chamada de “leblouh” e visa o conceito de que quanto mais gorda a mulher, melhor, não importando se isso acaba com a sua saúde ou as façam ter vidas mais curtas. Tudo o que importa para as famílias é que a menina fique o mais pesada possível, a fim de vendê-la por um preço alto quando ela atingir a idade para se casar. Pelo visto, não existe amor na Mauritânia.

Confira mais algumas tradições diferentes:

  • Na ilha de Samoa, o vestido de noiva é feito da casca da amoreira;
  • Na Nigéria, se a noiva engordar antes do casamento (ou mesmo depois), o noivo tem o direito de mandá-la de volta para seus pais;
  • Em alguns povoados do Quênia, no primeiro mês após o casamento, o noivo deve vestir roupas femininas e desfilar pela aldeia para compreender o quão difícil é ser uma mulher;

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  • Na Namíbia, a noiva usa um véu em vez de um chapéu especial, chamada de "ECORA" e que é feito de pele de cabra, gordura, alcatrão e ocre vermelho.
  • Na tribo Surma, da Etiópia, antes do casamento, a menina deve extrair os seus dentes inferiores, perfurar o lábio e inserir um disco de argila nele. De tempos a tempos, o disco é substituído por um de diâmetro maior. Isto simboliza o nível de riqueza da família da noiva;
  • Na Albânia, os noivos ainda têm que segurarem após o casamento. O conceito da noite de núpcias é outro. Há uma tradição em que nas primeiras três noites de casados, a mulher deve resistir aos ataques de seu marido como parte do desempenho dos deveres familiares. Isto é feito para confundir os maus espíritos. Haja resistência!

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