Artes/cultura
26/06/2017 às 14:14•2 min de leitura
A notícia mais lida no Mega Curioso durante o mês de junho falava de uma mulher que fingiu ser cega durante 28 anos para não precisar interagir com as pessoas. Antes da confirmação que se tratava de uma pegadinha de um site gringo, a gente colocou um aviso falando que poderia ser mentira. Mesmo assim, o negócio bombou! Mas, afinal, por que os internautas – e até mesmo sites respeitados – caem no fenômeno das fake news, as notícias mentirosas.
Esse tipo de “informação” ganhou destaque especial na imprensa mundial depois das eleições norte-americanas para eleger o novo presidente no ano passado. Aqui no Brasil, em 2014, algo parecido ocorreu: partidários de vários políticos disseminavam informações falsas de seus adversários e isso acabava viralizando.
Recentemente, tanto o Facebook quanto a Google entraram nessa guerra, tentando desenvolver algoritmos que diminuam a propagação em massa dessas notícias, mas o fenômenos está longe de ter um fim. E, de acordo com uma pesquisa publicada na revista Nature Human Behavior, o maior problema não está nos robôs que criam essas informações, mas na própria era informacional na qual estamos inseridos.
Mea-culpa: o Mega também noticiou a falsa história da mulher que teria fingido ser cega
Veja bem: na era das redes sociais, as notícias “precisam” ser cada vez mais enxutas para conseguir pescar o leitor. Muitos, inclusive, sequer leem as matérias, divulgando como verdade as informações que são repassadas apenas nos títulos. E o jornalismo, apesar das dificuldades que enfrenta, ainda é um grande formador de opinião; logo, esse tipo de comportamento é bastante perigoso.
E as redes sociais são as que mais favorecem essa disseminação de inverdades, já que a gente se acostumou a navegar pelos feeds com pouco cuidado. Os pesquisadores chineses que analisaram as fake news criaram uma rede de estudo em que notícias reais e mentirosas eram compartilhadas, mas as falsas recebiam mais atenção. Depois, pessoas de verdade recebiam as informações e interagiam entre si comentando sobre os dados.
Foi constatado o óbvio: os robôs que mais inundavam seus canais de informação com notícias falsas tinham mais chances de criar conteúdos virais do que as páginas dedicadas a fornecer notícias verdadeiras. E isso é algo que já acontece na internet hoje em dia, já que recebemos uma avalanche de conteúdo, mas nem todos são de fontes confiáves.
Falta de atenção ajuda na propagação das notícias falsas
Outro detalhe analisado é o fato de que mesmo usuários mais escolados são capazes de cair nesse tipo de mentira, afinal, não depende apenas deles. Normalmente, acabamos acessando as redes sociais com diferentes estados de ânimo e podemos acabar caindo em alguma mentira quando estamos mais distraídos. Agora, imagine quem faz parte daquele grupo que acredita que “está na internet, é verdade”? Eles fazem as fake news se propagarem como fogo em palha!
A solução não parece muito fácil. Segundo os pesquisadores, uma ideia seria limitar a quantidade de publicações de qualquer fonte de informação, assim, a avalanche de conteúdo acabaria diminuindo, fazendo com que mais conteúdo de qualidade se destacasse. Será? Quais vocês acham que poderiam ser as soluções para esse problema?
Será que limitar a quantidade de postagens por página é a solução ideal?
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