6 superpoderes que o seu corpo desenvolve em condições extremas

13/06/2017 às 13:233 min de leitura

Em seu livro “What Doesn’t Kill Us” (“O Que Não Nos Mata”, em tradução livre), o escritor Scott Carney analisa a capacidade do ser humano de sobreviver em ambientes extremos. Apesar de muita gente pensar que morreria caso ficasse 1 semana abandonado na selva, o corpo do homem é programado para suportar inúmeras adversidades.

É só pensar que nossos antepassados escalaram montanhas geladas e atravessaram grandes distâncias (terrestres ou marítimas) com pouquíssimos recursos tecnológicos. Boa parte dos recursos para isso está dentro da gente, como a habilidade para suportar o frio ou o cansaço físico extremo. Carney chama isso de “poderes humanos”, que podem ser aprimorados e desenvolvidos, segundo ele. Confira alguns exemplos:

1. Suportando baixas temperaturas

O guru holandês Wim Hof diz que técnicas respiração e a exposição a baixíssimas temperaturas fizeram com que ele tivesse a capacidade de se aquecer naturalmente e de se adaptar mais rapidamente a grandes altitudes. Hof também seria capaz de controlar seu sistema imunológico!

Ele foi o primeiro ser humano analisado pelo autor Scott Carney. Ele descobriu que quem segue o método Hof de controle imunológico consegue efetivamente bons resultados nesse sentido, algo que parecia fora de cogitação. O guru foi capaz, por exemplo, de escalar o monte Kilimanjaro em apenas 28 horas – e sem camisa! A maioria das pessoas leva 1 semana para isso, principalmente por conta da aclimatação e do frio.

undefinedWim Hof mergulhado em uma piscina de gelo

2. Sobrevivendo em grandes altitudes

Quem já visitou cidades situadas em grandes altitudes, como La Paz, na Bolívia, já deve ter percebido que a fadiga se mostra presente muito mais rápido do que estamos acostumados. Entretanto, o corpo humano se adapta a isso através de mutações nos glóbulos vermelhos, que se tornam mais propícios a manter o oxigênio.

Esses efeitos são percebidos mesmo depois que você vai embora dessas cidades. Para povos nativos, que sempre viveram em grandes altitudes, os efeitos são praticamente permanentes, fazendo-os prosperar em lugares com o ar bastante rarefeito, como em algumas regiões do Himalaia.

undefinedOs xerpas não sofrem com os efeitos das altas altitudes dos Himalaias

3. Prendendo a respiração e fazendo mergulhos profundos

Em 1949, o ítalo-húngaro Raimondo Bucher mergulhou a 30 metros de profundidade na costa de Naples, nos Estados Unidos, sem nenhum tipo de equipamento ou tubos de oxigênio. Os cientistas achavam que seu corpo não suportaria, mas ele entrou para a história do mergulho livre da era moderna.

Recentemente, foi descoberto que afundar na água faz com que nossa frequência cardíaca diminua, assim como o consumo de oxigênio. A prática já tem levado alguns super-humanos a suportar a pressão de mais de 200 metros de profundidade e cerca de 22 minutos sem oxigênio. Qual será o limite?

undefinedRaimondo Bucher mostrou que o corpo humano pode, sim, suportar grandes profundidades

4. Correndo longas distâncias

O ser humano é muito mais fraco que outras espécies em diversos atributos físicos, mas tem um no qual a gente ganha: a corrida de longa distância. O corpo do homem é capaz de suportar grandes distâncias sem perder o ritmo. Inclusive, já teve gente ganhando de cavalos em competições de 35 e 80 km! Essa qualidade explicaria, por exemplo, como Dean Karnazes conseguiu correr 50 maratonas em 50 dias.

undefinedDean Karnazes é ultramaratonista

5. Sonar humano

Os golfinhos e os morcegos são criaturas que se locomovem através de uma espécie de sonar: eles emitem um som e, através do eco e da reverberação das ondas sonoras, são capazes de saber onde está cada obstáculo. Porém, eles não são os únicos capazes de andar desse jeito...

O norte-americano Daniel Kish é um dos principais exemplos de humano com capacidade de ecolocalização. Através de um aparelhinho de cliques, Kish, que é cego, consegue até mesmo andar de bicicleta. Os pesquisadores descobriram que esse superpoder é “fácil” de ser aprendido em apenas poucas semanas, caso a pessoa se dedique bastante para “ver” o clique.

undefinedDaniel Kish se movimenta como se fosse um sonar

6. Bússola humana

Com o advento do GPS, muita gente “desligou” a área do cérebro destinada à geolocalização. Entretanto, essa é uma característica humana que pode ser muito desenvolvida. O capitão Tupaia, do Taiti, que navegou com o inglês James Cook, era capaz de apontar a direção correta mesmo em uma noite escura e com o mar agitado.

Mas a gente nem precisa ser tão incrível quanto ele: basta querermos usar o mapa mental. Quanto mais desenvolvemos o senso de localização, mais esse mapa se amplia dentro de nosso cérebro. Ou seja, não custa deixar o GPS de lado e tentar se achar por conta própria; que tal?

undefinedTupaia encontra o navegador James Cook

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