Estilo de vida
15/07/2014 às 05:52•2 min de leitura
Se você está no sul do país ou se já esteve durante o inverno deve saber que julho é um mês de muito frio e que, em algumas cidades, chega até a nevar. Nesses momentos a melhor coisa é se agasalhar bem e proteger todas as partes do corpo, mas e os olhos, que sempre ficam expostos, como será que eles não congelam? Você já se perguntou isso alguma vez?
Quando as pessoas estão em lugares realmente frios, como na Sibéria ou, quem sabe, em uma expedição pela Antártida, é comum o uso de óculos próprios para neve, mas mesmo esses óculos não servem para proteger contra o frio, mas sim contra o vento e a neve.
Nossos olhos são feitos de um tecido frágil e úmido. Qualquer outro material com a mesma consistência congelaria em meio à neve. A verdade é que os olhos não congelam porque a maior parte deles está envolta ao nosso corpo que, apesar do frio, é aquecido e protege a parte interna do olho entre ossos, músculos e gordura; sem falar, é claro, no papel fundamental das pálpebras.
Outro fator que ajuda no não congelamento de nossos olhos é a irrigação sanguínea a qual estão submetidos. A maior fonte de sangue aos olhos é a chamada artéria oftálmica, responsável também por levar sangue ao cérebro. Em temperaturas muito baixas, nosso corpo passa a enviar ainda mais sangue ao cérebro e aos nossos outros órgãos vitais, o que, por sua vez, melhora a irrigação dos olhos também.
Mas e as lágrimas? Bem, a verdade é que elas contêm sal e, por isso, congelam mais dificilmente. Ainda assim, em frios extremos, elas podem congelar e “colar” as pálpebras, o que não é nada grave, já que o próprio olho vai resolver isso com seu calor. Na verdade, nossos olhos só congelam se estivermos mortos em meio à neve.
Apesar de parecer praticamente impossível que um olho seja congelado enquanto uma pessoa está viva, saiba que é possível induzir o congelamento por meio de uma técnica chamada crioterapia, que usa nitrogênio líquido para congelar apenas uma porção do olho e, assim, tratar problemas, como deslocamento e quebra da retina.