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01/05/2019 às 05:01•1 min de leitura
No dia 1º de maio de 1886, milhares de pessoas de Chicago, nos Estados Unidos, entraram em greve por melhores condições de trabalho. Entre as reivindicações, estava a redução da jornada diária de 13 para 8 horas de serviço. Os protestos se estenderam para outras cidades norte-americanas e resultaram na morte de manifestantes e policiais.
A Revolução Industrial que começara em 1760 ainda tinha muito impacto na vida dos cidadãos, principalmente em relação a seus direitos. O conflito iniciado em Chicago mais de 1 século depois acabou se espalhando para outros lugares do mundo, até que, em 1889, na cidade de Paris, uma organização chamada Internacional Socialista estipulou a data de 1º de maio como o dia para relembrarmos os trabalhadores que iniciaram a revolução nos Estados Unidos.
Jornal de 4 de maio de 1886 retrata a morte dos policiais nos protestos pelos direitos trabalhistas
No Brasil, existem relatos de que o Dia do Trabalhador é celebrado desde 1895, mas foi apenas em 26 de setembro de 1924 que o presidente Arthur Bernardes oficializou a data como feriado nacional. Outros 80 países, como Portugal, Rússia, Espanha, França e Japão, também estipulam esse como sendo um dia de folga para nos lembrarmos dos direitos de todos os trabalhadores.
Com a ascensão de Getulio Vargas ao poder, a data ganhou novos significados: em 1º de maio de 1940, por exemplo, ele estipulou o salário mínimo; já no ano seguinte, criou-se a Justiça do Trabalho, justamente nesse mesmo dia. A ideia era transformar as manifestações operárias em celebrações por direitos conquistados, tanto que muitos pedem que o feriado seja lembrado como Dia do Trabalhador, e não do Trabalho, já que é o cidadão proletário que deve ser exaltado.
Getulio Vargas (à direita) em foto de 12 de maio de 1940, poucos dias após a criação do salário mínimo
*Publicado originalmente em 28/04/2017.