Artes/cultura
06/02/2013 às 06:54•1 min de leitura
Você se lembra daquela série de livros chamada “Olho Mágico”, que trazia figuras psicodélicas que permitiam que as pessoas enxergassem imagens tridimensionais? Bastava com focalizar na foto corretamente para que uma forma oculta surgisse diante de nossos olhos. Entretanto, não são todas as pessoas que conseguem ver as figuras tridimensionais, e o pessoal do site mental_floss publicou uma notícia revelando o motivo.
Mas antes, que tal entender como é que essas imagens funcionam? Para criar as imagens dos livros — chamadas de autostereogramas —, a figura que será vista de maneira tridimensional é inserida na forma de pontos em escala de cinza em degrade. Os pontos que ficam nas bordas da figura são mais escuros do que os que se encontram mais ao centro, e tudo é coberto por uma série de padrões repetitivos que funcionam como uma camuflagem colorida.
Depois de esconder a figura com o padrão bidimensional, um programa específico analisa todas essas informações e codifica os padrões de forma que eles apresentem a orientação e profundidade necessárias para que a figura oculta seja vista. Assim, quando observamos as fotos, os padrões repetitivos enviam a informação necessária sobre a profundidade codificada ao cérebro, e ele consegue perceber a imagem oculta.
Mas para isso os nossos olhos precisam trabalhar em equipe, de forma coordenada, adotando um ângulo relativamente paralelo ou relativamente convergente enquanto focalizamos na imagem. Contudo, pessoas com desvios ou desalinhamentos oculares — como é o caso do astigmatismo e do estrabismo, por exemplo — podem ter problemas na hora de enviar os estímulos visuais corretamente ao cérebro que, por sua vez, não consegue perceber a imagem oculta que foi codificada.