13 razões para existir um dia de combate à homofobia e à transfobia

17/05/2018 às 04:432 min de leitura

Em 17 de maio de 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças (CID). Por isso, desde 2004, comemora-se nesta data o Dia Internacional Contra a Homofobia, Lesbofobia, Transfobia e Bifobia, que passou fazer parte do calendário brasileiro em 2010.

Entretanto, muita gente ainda não acredita que essa luta precisa ser legitimada. Nas redes sociais, o assunto é polêmico e frequentemente chamado de "mimimi" ou de "ditadura gay" justamente por quem não sofre com esses preconceitos. Abaixo, elencamos alguns motivos pelos quais se torna urgente a conscientização e o combate contra essas intolerâncias:

1. A homossexualidade ainda é ilegal em 81 países, sendo que ao menos em 7 ela pode ser punida com a morte

undefinedIsso afeta diretamente 40% da população mundial

2. Apenas 17 países reconhecem o casamento homoafetivo, entre eles o Brasil. Outras 14 nações reconhecem a união civil entre pessoas do mesmo sexo

undefinedAlgo muito longe de ser global, já que atualmente existem 193 países

3. O Brasil é o país onde mais se mata travestis e transgêneros, de acordo com a ONG International Transgender Europe

undefinedEntre janeiro de 2008 e abril de 2013, foram 413 mortes – quatro vezes mais do que no México, que é o segundo colocado nesse ranking

4. O suicídio entre a população jovem LGBT é 4 vezes maior do que o índice visto em heterossexuais

undefinedPorém, as tentativas de suicídio são até 6 vezes maiores entre jovens LGBTs, gerando altos custos de internação e tratamento

5. Cerca de 25% dos trabalhadores da área da saúde já viram colegas fazendo comentários negativos contra gays ou lésbicas

undefinedE cerca de 20% já presenciaram alguma discriminação contra transexuais

6. Uma em cada seis pessoas LGBTs já vivenciou algum tipo de crime homofóbico nos últimos três anos

undefinedO número pode ser ainda maior, já que se estima que 2/3 das pessoas que sofreram algum tipo de discriminação sexual sequer relatam as agressões sofridas

7. Entre a população transgênera, 81% relatam assédio velado ou silencioso, como perseguições ou sussurros

undefinedPorém, 38% dizem já ter sofrido ameaças e agressões físicas

8. Uma em cada quatro pessoas LGBTs não relata sua condição em seu ambiente de trabalho

undefinedE cerca de 42% dos transgêneros temem viver permanentemente como eles se identificam por medo de represálias no trabalho

9. Quase 1/3 dos estudantes gays, lésbicas e transgêneros é ignorado por ser assim

undefinedE 96% relatam ouvir constantemente provocações homofóbicas nas escolas e universidades

10. Entre 2013 e 2014, nas Américas, metade dos crimes com caráter homofóbico foi contra transexuais e travestis

undefinedA cada dois dias morre um transgênero assassinado no mundo por conta de sua condição, segundo pesquisa realizada em 62 países

11. Nos estádios de futebol, 70% das pessoas já testemunharam algum tipo de homofobia nas arquibancas

undefinedE metade da população acredita que as associações de futebol ao redor do mundo não estão combatendo efetivamente a homofobia nos estádios

12. Acredita-se que 1 em cada 5 mulheres lésbicas ou bissexuais possui algum transtorno alimentar

undefinedEsse número é bem maior se comparado com a população em geral, em que 1 a cada 20 pessoas tem esse tipo de transtorno

13. A comunidade LGBT é 3 vezes mais propensa a desenvolver algum tipo de depressão

undefinedIsso eleva o número de gays, lésbicas e transgêneros que recorrem ao álcool, ao fumo e às drogas como válvula de escape

*Publicado originalmente em 17/05/2017.

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