Artes/cultura
15/03/2013 às 05:14•1 min de leitura
Segundo a Bloomberg, uma das maiores descobertas científicas do mundo talvez não tivesse sido possível sem a participação indireta de uma famosa — e extraordinariamente rica — família brasileira. Os cientistas da CERN estão muito próximos de confirmar que a partícula descoberta no ano passado realmente seja o Bóson de Higgs, e os experimentos realizados no Colisor de Hádrons não teriam sido possíveis sem o nióbio produzido pelos Salles aqui do Brasil.
De acordo com a publicação, a família Salles — da qual o conhecido cineasta Walter Salles faz parte — controla 85% de todo o nióbio produzido no mundo. Esse material é utilizado em um décimo de todo o aço produzido no planeta, tornando-o mais duro e flexível. O nióbio é empregado na produção de todo tipo de produtos, de câmeras a carros, assim como na fabricação dos ímãs que compõem o maior acelerador de partículas que existe.
Sem as colisões entre prótons superenergéticos que ocorrem no Colisor de Hádrons da CERN, a Partícula de Deus jamais teria sido descoberta. A família Salles começou a investir no nióbio em 1965, quando o material ainda era apenas um sonho distante. Sem nenhum mercado na época, só se sabia das propriedades do elemento graças a alguns estudos que sugeriam que pequenas quantidades do pó podiam melhorar a liga metálica que compõe o aço.
A tecnologia envolvida para o uso do nióbio é um segredo guardado a sete chaves, e apenas 200 gramas do material são suficientes para endurecer uma tonelada inteira de aço, permitindo que fabricantes de todo o mundo possam produzir pontes mais fortes, veículos mais leves e edifícios mais sólidos, por exemplo.
Hoje, a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração vale uma fortuna estimada em US$ 13 bilhões (cerca de R$ 26 bilhões), e a fortuna combinada entre todos os negócios controlados pelos irmãos Salles — Pedro, João, Fernando e Walter — é estimada em US$ 27 bilhões (cerca de R$ 53 bilhões).