Artes/cultura
22/06/2022 às 13:00•2 min de leitura
Não é segredo para ninguém que abastecer o carro está ficando mais caro a cada mês. Desde o começo do ano, a gasolina já subiu mais de 22% no Brasil e não há sinais de que esse aumento será revertido nos próximos meses. Mas você sabe o que faz o preço da gasolina subir tanto? Dólar, impostos e preço do barril de petróleo são alguns dos fatores, mas a conta é um pouco mais complexa.
Abaixo nós explicamos como é feita essa conta.
(Fonte: Shutterstock)
Um dos elementos mais importantes no cálculo do preço da gasolina, é o valor da sua matéria-prima: o petróleo. Ele é calculado com base na política do Preço de Paridade Internacional (PPI), em vigor desde 2016. O que esta política faz é calcular o valor do petróleo com base no mercado internacional, o que é feito em dólar. Além da moeda americana estar com um valor elevado, o custo do barril de petróleo também subiu nos últimos meses, resultado da guerra entre Rússia e Ucrânia e da alta demanda por combustíveis fósseis no mundo todo.
Além disso, no Brasil a gasolina contém etanol na sua mistura. Isso faz com que o preço do álcool também tenha um impacto direto no custo do combustível. Aqui, existem vários fatores que podem influenciar. O período de entressafra costuma elevar o preço, assim como uma maior oferta por açúcar — que tem a mesma matéria-prima: a cana-de-açúcar. A alta demanda por álcool nos postos também pode fazer o preço subir e impacta no valor da gasolina.
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"Realização Petrobras" é o custo que a empresa tem ao longo de toda a cadeia de produção da gasolina, que vai desde a exploração até a produção. Naturalmente, este é um processo demorado e bastante custoso, e precisa ser recalculando anualmente, levando em consideração a inflação, o PPI e o desenvolvimento de novas tecnologias. Nessa conta também entra o lucro da Petrobras.
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Não é segredo que o Brasil possui uma carga tributária bastante elevada, com impostos respondendo a um valor considerável de diversos produtos. E com a gasolina não é diferente. Existe uma série de impostos que refletem no valor do combustível, mas quatro são os principais: CIDE, ICMS, PIS/PASEP e COFINS.
O primeiro é um tributo federal, criado para projetos ambientais e relacionados ao transporte ligados à indústria petrolífera. ICMS é um imposto estadual que incide sobre a circulação de produtos e prestação de serviços. Finalmente, PIS/PASEP e COFINS são impostos relacionados a direitos trabalhistas.
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Aqui é onde o valor do combustível costuma ter o seu reajuste final. Depois de passar por todas as etapas acima, o preço da gasolina é ajustado de acordo com o custo de distribuição e, finalmente, de revenda. No caso da distribuição, como três empresas respondem por 60% dela, a margem para conseguir preços menores é baixa. Quanto ao valor de revenda, de maneira resumida, ele é uma consequência direta dos custos acima, acrescido da margem de lucro dos postos.