6 rituais milenares que ainda existem e você pode não conhecer

12/09/2023 às 12:003 min de leitura

Apesar de 90% da população professar a fé das 4 maiores religiões do mundo – cristianismo, islamismo, budismo e hinduísmo – estima-se que possam existir mais de 10 mil ao todo. E o número pode ser ainda maior, considerando toda a trajetória da história humana.

Em todas essas crenças, há uma riqueza de histórias, rituais, práticas e visões de mundo. Conheça a seguir seus rituais incomuns que acontecem (ou aconteceram) ao redor do mundo.

1. Grande Festival de Oração de Monlam, em Tibet

(Fonte: Luca Galuzzi/Wikimedia Commons)(Fonte: Luca Galuzzi/Wikimedia Commons)

O Monastério de Labuleng, no Tibet, é considerado o epicentro do Budismo Tibetano. E é lá que acontece o Grande Festival de Oração de Monlam. Durante os quatro dias da festividade, monges se sentam para pedir as bênçãos do Dalai Lama, considerado a encarnação de Buda.

O festival acontece em um local com 3.260 metros de altitude e temperaturas que podem cair até -20?°C. Mesmo assim, os monges ficam concentrados e aparentemente alheios ao tempo e a eventuais tempestades.

2. A Dança do Chifre, na Inglaterra

(Fonte: Voice of Clam/Wikimedia Commons)(Fonte: Voice of Clam/Wikimedia Commons)

A Dança do Chifre acontece no mês de setembro no pequeno condado de Staffordshire, na Inglaterra. Durante o ritual, pessoas dançam com chifres de renas e estátuas de cavalo, no que parece ser o resquício de um ritual pagão anglo-saxão que servia para demonstrar virilidade e pedir ajuda para a caça.

O primeiro registro histórico do festival é do século XVII, porém já foram encontrados chifres provenientes do século XI. Nessa época, as renas já estavam extintas da Inglaterra e os chifres foram provavelmente trazidos de algum lugar da Escandinávia, reforçando a tese da origem saxônica do festival.

3. Famadihana, em Madagascar

(Fonte: Hery Zo Rakotondramanana/Flickr/Reprodução)(Fonte: Hery Zo Rakotondramanana/Flickr/Reprodução)

Famadihana é o ritual funerário do povo Malgaxe, de Madagascar. Nele, as pessoas reabrem tumbas de mortos e trocam as mortalhas. Os mortos também ganham uma dança e música perto da sua tumba.

O ritual é conhecido como "virada dos ossos" e serve para acelerar a decomposição e liberar a alma dos mortos.

4. Lançamento de bebês, na Índia

(Fonte: Fox News/Reprodução)(Fonte: Fox News/Reprodução)

Durante mais de 700 anos, hindus e muçulmanos indianos compartilharam a tradição de jogar bebês do telhado de alguns templos, como modo de oferecer saúde e boa sorte ao infante. Tradicionalmente, o ritual era reservado para crianças menores de dois anos, que eram jogadas de alturas de 10 a 15 metros, e a queda era impedida por panos estendidos por um grupo de homens que esperava no nível do chão.

O ritual surgiu em uma época de grande mortalidade infantil e há evidências de que alguns bebês eram sacrificados dessa maneira como forma de salvar sua alma. Em tempos modernos, os sacrifícios foram impedidos e proibidos, mas ainda acontecem em algumas partes do país.

5. O salto sobre touros, em Creta

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

A Civilização Minoica floresceu entre 3.000 a.C. e 1.500 a.C. na Ilha de Creta e influenciou muito da cultura grega. Um dos ritos tradicionais mais bem registrados desta cultura era o "salto sobre touros".

Nele, jovens precisavam saltar sobre touros que os atacavam. O fato acontecia perante grandes multidões e marcava uma passagem para a vida adulta. Além de demonstrar a coragem dos jovens, o ritual servia para honrar o touro como um símbolo de força e fertilidade.

6. Enterro no céu, em Tibet

(Fonte: Ernst Schäfer/Wikimedia Commons)(Fonte: Ernst Schäfer/Wikimedia Commons)

O nome pode parecer contraditório, mas o enterro no céu é uma forma que alguns budistas tibetanos encontraram para realizar um ritual mortuário que envia a alma do falecido para os céus.

Para isso, o corpo é deixado no alto de uma montanha, às vezes até cortado em pedaços, para ser devorado por pássaros e outros animais. Além de dar finalidade para o corpo, o ritual libera a alma do falecido e alimenta o ciclo da vida ao nutrir outros animais.

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