Ciência
14/06/2018 às 14:30•2 min de leitura
Você já deve ter ouvido em algum lugar que, no caso de um holocausto nuclear, haveria apenas baratas para disputar a superfície da Terra. Há quem diga que os animais aguentariam firmes mesmo se estivessem no ponto exato de uma detonação. Bem, de acordo com informações levantadas pelo site Today I Found Out, isso dificilmente seria possível.
Embora as baratas tenham uma resistência significativamente maior à radiação, quando comparadas aos seres humanos, fato é que, ao colocar em números, a piadinha aí de cima perde grande parte do seu efeito.
Embora possuam uma resistência dez vezes maior que a dos seres humanos, 10 mil rads são o suficiente para exterminar praticamente todos os exemplares adultos da espécie. Na verdade, muito menos que isso já pode esterilizá-los — o que, igualmente, significaria o fim das baratas sobre a Terra, mesmo que não imediatamente.
Na verdade, o nível de radiação tolerado por uma barata, antes de se tornar completamente estéril, é equivalente à liberação da bomba nuclear jogada na cidade de Hiroshima a uma distância de aproximadamente 24 quilômetros do ponto de impacto.
O micróbio Deinococcus: o melhor candidato à sobrevivência em um inverno nuclear. Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons
Embora a fama seja das baratas, há, de fato, criaturas que seriam muito mais capazes de resistir a níveis altos de radiação. A “Mosca da fruta”, por exemplo, aguenta até 64 mil rads. Ainda mais impressionante, o “Besouro da farinha” sobrevive a 100 mil rads. Há ainda a Habrobracon, uma espécie de vespa, que permanece firme e forte mesmo diante de 180 mil rads.
O campeão supremo aqui, entretanto, é o micróbio Deinococcus. A bactéria suporta até 1,5 milhão de rads em temperatura ambiente. Caso esteja congelada — digamos, em decorrência de um inverno nuclear —, esse valor salta para 3 milhões de rads.
*Publicado originalmente em 15/06/2013.
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