Ciência
30/01/2017 às 12:00•1 min de leitura
Tudo o que escutamos é resultado de vibrações no ambiente que chegam aos nossos ouvidos em forma de ondas sonoras. O som que chega após o relâmpago é, portanto, também resultado de uma vibração do meio externo, nesse caso gerado por uma forte descarga elétrica que se estabelece entre as nuvens e o solo terrestre.
O raio gera uma corrente elétrica de grande intensidade que ioniza o ar ao longo do caminho, produzindo um rastro de luz superaquecido que conhecemos como relâmpago. O ar em torno dessa corrente se aquece rapidamente a uma temperatura de até 27.000 ºC.
Como o fenômeno acontece em questão de instantes, as partículas de ar se expandem pelo calor e são imediatamente comprimidas pelo resfriamento da atmosfera. Dessa forma, cria-se uma onda de ar comprimido que se expande como uma explosão para todas as direções, gerando o barulho que denominamos trovão.
Vemos primeiro o relâmpago e escutamos depois o trovão porque a velocidade da luz é muito maior do que a do som. Em geral, o trovão se constitui de um grande estouro, mas, dependendo da região ou da formação do terreno, ele pode reverberar em múltiplos ecos, especialmente em cidades com muitos túneis e prédios.
Popularmente, podemos estabelecer a distância de um raio em relação ao observador contando os segundos entre a percepção do relâmpago e a escuta do trovão. Cada segundo que separa os dois eventos representa em média 300 metros de distância.
O espetáculo de luz e som gerado pelos raios é uma combinação da vibração das partículas de ar e a perturbação das forças elétricas na atmosfera terrestre. Esse fenômeno incrível mostra toda a força da natureza e a nossa insignificância diante dos grandes eventos climáticos.