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26/03/2013 às 06:59•2 min de leitura
De acordo com uma equipe de cientistas da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura, o dióxido de titânio pode ser a nova maravilha multiuso da indústria. O produto passou cinco anos em desenvolvimento e, ao que parece, o resultado pode ser usados para coisas tão discrepantes quanto tornar água potável, compor tecidos antigermes, dobrar a duração de baterias e ainda extrair hidrogênio.
A ideia surgiu enquanto o grupo tentava desenvolver um filtro de água bactericida à prova de incrustação. O processo envolve a conversão de cristais de dióxido de titânio — material relativamente barato — em nanofibras, as quais são utilizadas para formar membranas filtrantes com bastante flexibilidade.
Fonte da imagem: Reprodução/Nanyang Technological University
A composição da referida membrana pode variar, entretanto. Dependendo da utilização em vista, podem ser incluídas misturas de carbono, cobre, zinco ou estanho.
O dióxido de titânio é particularmente útil para o tratamento de água não potável. Funcionando como um filtro, o material é eficiente e tem baixo custo — evitando incrustações —, bloqueando a passagem de quaisquer contaminantes.
Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons
Além disso, também é possível utilizar a membrana para remover o sal da água — o que torna o composto bastante interessante para instalações de dessalinização.
Ao expor o dióxido de titânio ao sol, torna-se possível ainda separar o hidrogênio de águas não potáveis. O produto pode então ser utilizado como combustível em fábricas. De acordo com os criadores, a substância, atualmente, é capaz de gerar 1,53 milímetros de hidrogênio por litro de água, processo que toma uma hora. Trata-se de um desempenho três vezes melhor do que o dos tradicionais catalisadores de platina.
A equipe de Singapura também produziu uma versão do material moldada com o dióxido de titânio em cristais. O resultado foi utilizado em células solares flexíveis e, futuramente, poderá ser encontrado dentro de baterias lítio. Conforme mostraram outros estudos, baterias com ânodo formado por nanopartículas de dióxido de titânio podem durar até duas vezes mais do que os modelos tradicionais.
Por fim, o multifacetado dióxido de titânio ainda pode ser utilizado para a indústria de tecidos, fornecendo uma competente estrutura bactericida — sem atrapalhar a passagem de ar pela estrutura, o que a tornaria uma boa escolha para a indústria médica.
Fonte da imagem: Reprodução/Nanyang Technological University
Atualmente, a equipe responsável pela substância busca parcerias para levar a estrutura ao mercado.