Por que às vezes levamos choques quando tocamos outra pessoa?

19/06/2018 às 02:002 min de leitura

Já aconteceu com você de tocar em algum amigo e... zap! Levar um choque que, às vezes, chega até a fazer barulho e soltar faíscas? Isso acontece devido à eletricidade estática que, além de provocar choquinhos entre as pessoas, é a mesma que faz os cabelos arrepiarem e as bexigas “colarem” como passe de mágica nas paredes, por exemplo.

Esse fenômeno é provocado por um desequilíbrio entre as cargas positivas e negativas presentes nos objetos. Mas, para entender melhor como tudo isso funciona, primeiro é necessário saber um pouco mais sobre o magnetismo e a estrutura dos átomos.

Cargas e descargas

Fonte da imagem: pixabay

Como você sabe, todos os objetos físicos são compostos por átomos, e essas partículas contam com prótons, elétrons e nêutrons em seu interior. Como o próprio nome sugere, os nêutrons têm carga elétrica neutra, enquanto a carga dos elétrons é negativa e, a dos prótons, positiva.

Além disso, cargas opostas (positiva e negativa) se atraem, enquanto cargas semelhantes (positiva e positiva) se repelem. Normalmente, as cargas positivas e negativas se encontram em equilíbrio nos objetos, e é a alteração desse estado que produz a eletricidade estática. Quando isso acontece, as cargas vão se acumulando sobre a superfície dos objetos, até que ocorra alguma coisa que provoque a sua descarga.

Atrito e transferência

Fonte da imagem: pixabay

Ao provocar o atrito entre determinados materiais — como esfregar os pés sobre um tapete, por exemplo —, fazemos com que ocorra uma transferência de elétrons, que vão ficando acumulados sobre a superfície até que sejam liberados. É por isso que os choquinhos acontecem quando você toca algum amigo. Na verdade, você — ou ele — está descarregando essa carga extra que foi acumulada.

E o fenômeno dos cabelos em pé? Quando tiramos um boné ou chapéu da cabeça, ocorre uma transferência de elétrons do acessório para os nossos cabelos, que acumulam uma carga negativa. E como objetos de cargas semelhantes se repelem, é por isso que os fios ficam em pé e passamos a apresentar aquele “penteado” todo espetado. A carga negativa faz com que os fios tentem ficar o mais longe possível uns dos outros.

Já no caso das bexigas “mágicas”, ao esfregá-las contra as nossas roupas, transferimos elétrons extras para a superfície dos balões. Como então as bexigas passam a ficar mais negativamente carregadas do que as paredes, quando as duas superfícies entram em contato, ocorre a atração entre as cargas opostas, e é por essa razão que os balões ficam colados nas paredes.

*Publicado originalmente em 21/06/2013.

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