Ciência
30/06/2019 às 12:00•3 min de leitura
Ao longo da História, cientistas de todo o mundo desenvolveram leis e teorias científicas com o objetivo de nos ajudar a compreender melhor o mundo que nos rodeia. Algumas dessas ideais acabaram sendo derrubadas, outras melhoradas, mas a verdade é que vários desses princípios resistiram ao tempo e continuam por aí, e é importante que todo mundo saiba pelo menos um pouquinho sobre eles.
O pessoal do site how stuff works publicou uma interessante lista de leis e teorias científicas que todo mundo deveria conhecer — ou pelo menos entender a ideia geral —, mesmo que você não tenha planos de se aventurar pelas áreas da física quântica ou da cosmologia. Confira quatro dessas ideias a seguir:
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Eis uma teoria que, apesar de ter sido apresentada no século 19, até hoje provoca discussões. Mas deixando a briga entre criacionistas e evolucionistas de lado, de acordo com a maioria dos cientistas, todos os seres vivos que habitam a Terra são descendentes de um ancestral comum. No entanto, para que a gigantesca variedade de organismos existentes pudesse existir, alguns desses seres tiveram que evoluir na forma de espécies diferentes.
Segundo a teoria, essa evolução ocorreu através de mecanismos como as mutações genéticas, que fizeram surgir algumas características novas em organismos da mesma espécie. Assim, as diferenciações que ofereciam maiores chances de sobrevivência a determinada criatura passaram a prevalecer — ou seja, ocorria a “seleção natural” — sobre as demais, eliminando do ambiente as espécies menos adaptadas.
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Apesar de nem pensarmos sobre esta lei, quando ela foi proposta por Isaac Newton há mais de 300 anos, ela causou uma verdadeira revolução. A ideia, basicamente, é que entre dois ou mais corpos sempre existirá uma força de atração entre eles — a famosa gravidade —, que é diretamente proporcional ao produto de suas massas e inversamente proporcional ao quadrado de suas distâncias, sempre dirigidas na direção e sentido de seus centros.
Essa lei explica o porquê de os gases quentes das estrelas se mantêm juntos a ela em vez de se dissiparem pelo Universo, e de os planetas permanecerem em suas órbitas. Além disso, a Lei da Gravitação Universal é especialmente útil hoje em dia quando precisamos enviar satélites para orbitar ao redor da Terra, por exemplo.
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Formulada pelo genial Albert Einstein, a Teoria Geral da Relatividade simplesmente mudou a forma como entendemos o Universo, ao apresentar a ideia de que o espaço e o tempo não são absolutos, e que a gravidade não é apenas uma força aplicada a uma determinada massa ou objeto. Em vez disso, segundo Einstein, qualquer massa tem o poder de curvar o espaço-tempo. Mas, como entender essa maluquice?
Imagine que você está dentro de uma nave espacial orbitando a Terra. Embora pareça que você está viajando em uma linha reta através do espaço, a verdade é que a gravidade do nosso planeta está curvando o espaço-tempo ao redor do foguete, fazendo com que você se desloque para frente e pareça orbitar a Terra. Mas, além de curvar o espaço, a massa do nosso planeta também faz com a distância seja mais curta e o tempo mais longo.
Assim, a Teoria Geral da Relatividade conclui que tanto o tempo como o espaço são elásticos e se encontram interligados, e que qualquer massa ou velocidade de um corpo tem influência sobre ambos (espaço-tempo), alterando a passagem do tempo ou a distância entre os corpos.
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A teoria de Einstein nos ajudou a entender o Universo trazendo a ideia de o espaço e o tempo são flexíveis. Com essa ideia em mente, Werner Heisenberg concluiu que era impossível conhecer com certeza duas propriedades de uma partícula simultaneamente, ou seja, considerando um elétron como exemplo, se pudermos medir qual é a sua posição no espaço, não poderemos saber qual foi a velocidade alcançada por essa partícula.
No entanto, segundo a teoria quântica, os elétrons e a maioria das partículas subatômicas se comportam como partícula e onda ao mesmo tempo. Portanto, se medirmos a posição de um elétron, estamos tratando esse elemento como uma partícula localizada em um ponto específico no espaço, com um comprimento de onda incerto.
Contudo, se medimos essa partícula como sendo uma onda, poderemos determinar sua amplitude, mas não a sua localização. Esse princípio se chama dualidade partícula-onda, e foi apresentado por Niels Bohr — um dos “coleguinhas” de Einstein — algum tempo depois, ajudando a explicar o Princípio da Incerteza de Heisenberg.
*Publicado em 15/8/2013