Artes/cultura
17/01/2014 às 05:25•2 min de leitura
Como já cantava o saudoso Grupo Molejo, “brincadeira de criança, como é bom, como é bom” e, aos nostálgicos de plantão, fica aqui uma pergunta: vocês se lembram de quando fazer avião de papel era uma coisa superdivertida? Valia tudo: desde a folia garantida na companhia de amigos até a sacanagem com a pobre professora que via sempre um aviãozinho batendo contra o quadro.
O perfeito aviãozinho, porém, exige bem mais do que uma simples folha de papel: conceitos de Física são usados para garantir os melhores voos, sabia? Mas calma, não entre em pânico. Nós começamos falando de uma música do Molejo e agora começamos a falar de Física, mas as coisas vão ficar mais legais, acredite.
Você está prestes a ver o voo mais perfeito da História dos aviõezinhos de papel e isso é realmente incrível – e invejável. Primeiro é preciso saber um nome: John M. Collins, que é simplesmente conhecido como "o cara" dos aviões de papel. Ele é o criador de Suzanne, o aviãozinho que você vai ver logo mais e que está no Livro dos Recordes como o responsável pelo voo mais distante já feito por um aviãozinho de papel.
Fonte da imagem: Shutterstock
E, se você está se perguntando de quanta distância estamos falando, lá vai: 69,14 metros de puro sucesso aéreo. O gênio que arremessou o brinquedinho também merece ser citado: Joe Ayoob.
Só para você ter ideia do tamanho da brincadeira, Collins testou o avião por três anos – sim, anos, não escrevemos errado – até o lançamento oficial em um hangar na Califórnia. O recorde foi oficialmente registrado em fevereiro de 2012.
Se você pretende criar seu próprio avião de papel incrivelmente perfeito, saiba que ele precisa seguir algumas regras básicas — as mesmas que aviões de verdade seguem —, e elas estão relacionadas com elevação, peso, empuxo e resistência. No caso de aviões de papel, um design mais fino é recomendado, para que ele fique leve e crie menos possibilidades de arrastar o modelo.
O empuxo nada mais é do que a força que impulsiona o avião, fazendo-o decolar – em um avião normal, o empuxo é proporcionado por hélices –, e, no caso do modelo de papel, essa força nada mais é do que um empurrão.
O design do Suzanne foi planejado para que o avião se mantivesse equilibrado, e é por isso que ele é mais triangular, para garantir um bom impulso e proporcionar um voo. Além disso há, é claro, a forma certa de segurar um avião de papel e garantir que ele faça um bom voo: o ideal é segurá-lo firmemente em seu centro e dobrar um pouco a aba resultante do encontro das duas asas. Isso garante um voo mais alto.
O vídeo acima mostra a construção de um avião como o feito por Collins. Você pode seguir os passos apenas assistindo, mesmo que seu inglês não esteja muito afiado. Uma das dicas mais dadas durante o vídeo é: se você quer que dê certo, seja preciso e deixe as medidas certinhas.
Caso você ainda não saiba, aviõezinhos de papel são os queridinhos de muitos marmanjos e não é à toa que pessoas dedicam muito tempo de sua vida a estudar e tentar fazer os melhores exemplares possíveis, como foi o caso de Collins. Para ver o lançamento que garantiu o nome do criador de Suzanne no Livro dos Recordes, assista ao vídeo abaixo e, claro, conte para a gente o que você achou dessa história: