Ciência
22/10/2013 às 09:19•5 min de leitura
O hinduísmo é uma das tradições culturais mais antigas da humanidade. Com conceitos e dogmas expressos desde os Vedas — os quatro textos sagrados que compõem a base de um extenso sistema de escrituras —, escritos 1500 anos antes de Cristo, o que se tem atualmente é um repositório cultural incrivelmente povoado... Fazendo da mitologia hindu uma séria candidata ao “panteocídio” de Kratos, o herói vingador de God of War.
Mas os principais avatares dessa rica tradição certamente não seriam pegos desprevenidos. Não no que depender das criações abaixo, pelo menos. Trata-se de uma releitura de parte do panteão hindu, toda ela aqui assumindo cores, traços e estilo da famosa franquia do PlayStation. São espadas fumegantes, arcos envergados e armaduras entalhadas exclusivamente para encarar a ira das Blades os Chaos. Confira abaixo.
Fonte da imagem: Reprodução/9GAG
O terceiro dos Pandavas, Arjuna, é considerado um dos heróis do épico hindu Mahá Bhárata, sendo o ouvinte da famosa conversa filosófica com Vishnu. Arjuna é também considerado como um exímio arqueiro e como um guerreiro inigualável por diversas figuras notáveis da obra.
A incumbência do representante é também crucial: Arjuna é um dos responsáveis pela derrota dos Kauravasin durante a guerra de Kurukshetra.
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Parashurama era um grande devoto de Shiva, o que lhe valeu dois belos presentes: um enorme machado e aulas particulares de artes marciais com a própria divindade — por meio das quais alcançou o grau máximo em combate.
Sua habilidade e a arma divina serviram, então, para varrer da superfície da terra os “kshatriyas”, como uma vingança pela morte do seu pai — de fato, ele repetiu a operação 21 vezes, a fim de garantir que nenhuma das gerações dos reis havia restado.
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Bhima, também conhecido como “O Terrível”, é o segundo dos irmãos Pandava — filhos de Pandu. Trata-se de uma figura central reconhecida por sua grande força, embora também por sua crueldade e temperamento explosivo. Mas foi a sua força que despertou a inveja do primo Duryodhana, que o envenenou e desovou seu corpo no Ganges.
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Brahma é considerado pela cultura hindu como o maior dos deuses — aquele responsável por colocar o universo em movimento —, embora sua importância tenha decrescido um pouco diante da ascensão de Shiva e Vishnu. São quatro cabeças — das quais nasceram os Vedas — e um corpo envolto por um manto branco. Sim, isso daria um belo grand finale para uma nova saga do deus da guerra “sonysta”.
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Durga é uma deusa de dez braços e temperamento irascível, sendo outra forma de Parvati. Ela nasceu já adulta nas bocas flamejantes de Brahma, Shiva e Vishnu. Normalmente é retratada montando um tigre e utilizando armas divinas para o combate. Durga é também referida como uma metáfora para a morte do ego, uma força divina interior capaz de manter o orgulho nos eixos.
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Ganêsha é o filho mais velho de Shiva e Parvati, sendo também referido como o autor do épico hindu Mahá Bhárata. A icônica cabeça de elefante traz consigo uma história tão curiosa quanto trágica. Após o nascimento de Ganêsha, seu pai foi aos Himalayas a fim de meditar, retornando apenas 15 anos depois.
Ao retornar para casa, não reconheceu o filho e também não foi reconhecido por ele. Ao tentar impedir a entrada de Shiva no palácio, Ganêsha acaba decapitado pelo próprio pai que, após ser informado da identidade do jovem, procurou a cabeça do primeiro animal que passasse para substituí-la — e o que apareceu foi um elefante.
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Hanuman, o deus-mono e um dos grande heróis do Rámáyána, foi também o general do exército de Rama. Há quem diga, entretanto, que o deus-macaco do hinduísmo era, na verdade, uma encarnação de Shiva, o qual se manifestou na Terra durante o período de Rama — por sua vez, uma das encarnações de Vishnu —, a fim de auxiliá-lo em suas tarefas.
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Harihara é uma deidade combinada, sendo metade Vishnu (Hari) e metade Shiva (Hara). É tratada como um deus supremo pelo Vixnuísmo e pelo Xivaísmo, embora seja adorada por diversas tradições hinduístas de forma geral. O deus também é usado como metáfora, por combinar diferentes aspectos de um mesmo deus supremo.
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Filho de Aditi e do sábio Kashayapa, Indra é o deus das tempestades do hinduísmo. Também foi o rei de todos os deuses no período pós-védico, perdendo importância conforme seus seguidores passaram a venerar Krishna. Como punição, enviou à terra uma tempestade, a qual foi contida por uma montanha soerguida por Krishna.
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Diz-se ainda que Indra é, na verdade, um posto, não um indivíduo. De acordo com essa tradição, qualquer mortal poderia se tornar o “rei dos céus”, desde que cumprisse determinados sacrifícios e penitências em vida. Entre seus feitos mais importantes consta a morte do asura Vritra, um dragão (ao qual faz referência a imagem acima).
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Kalki é o décimo e último grande avatar de Vishnu. O nome da deidade é frequentemente associado à eternidade, ao tempo ou à morte. De acordo com os preceitos do hinduísmo, Kalki surgirá montado em um cavalo branco — portando uma espada flamejante — ao fim da chamada “Idade da Escuridão” (Era de Ferro) para eliminar o mal e restaurar o dharma.
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Um dos nomes de Vishnu, segundo a tradição hindu. Kesava é considerado o senhor da criação, da preservação e também da dissolução — sendo conhecido também por ter destruído o demônio Keshi. Há quem diga ainda que Kesava, na verdade, são três divindades em uma: Brahma, Vishnu e Shiva.
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Murugan é o deus hindu da guerra e também da vitória. Assim como grande parte das divindades da tradição hinduísta, possui vários nomes, um dos quais faz alusão à sua conhecida iconografia com seis faces.
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O touro sagrado do povo do Indostão se tornou, posteriormente, montaria, camarista músico de Shiva no hinduísmo. De fato, o emblema de Nandi pode ser encontrado na testa de Shiva: a lua crescente — uma das representações da energia sexual transmutada.
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Um dos avatares de Vishnu, Narasimha é também uma das deidades mais populares do hinduísmo — presente em épicos, iconografias, templos e recorrente em festivais. Frequentemente é representado como uma criatura metade humana metade leão associada à proteção e ao auxílio em tempos de penúria.
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Rama é o avatar de Vishnu responsável pela derrota de Ravana, o “demônio mais terrível do mundo”. Também representa uma espécie de ideal hindu, sendo, simultaneamente, um marido gentil, um rei bondoso e um chefe pronto a enfrentar a opressão. A divindade é representada pelo hexagrama, uma estrela de seis pontas.
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Ravana é o principal antagonista do épico religioso Ramayana, no qual representa o rei de Lanka. Normalmente é representado como um devoto de Shiva com dez braços. Ravana ganha matizes positivas e negativas dependendo da tradição que o retrata — em uma delas é considerado o responsável pelo sequestro de Sita, esposa de Rama.
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Rudra, “aquele que grita” (em uma tradução possível), é associado ao vento, às tempestades e à caça. Algumas orientações consideram que Rudra e Shiva representam a mesma divindade, com nomes intercambiáveis.
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Varuna é o deus da água (em todas as suas formas) e do oceano celestial — sendo ainda o legislador e executor do submundo aquático e representante da ordem cósmica (muitos postos, de fato). Em algumas iconografias aparece montando o crocodilo Makara.
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Para muitos hindus, Vishnu representa o deus universal. Em geral é associado a quatro símbolos: um disco, um búzio, uma maçã e uma flor-de-lótus. Trata-se de um deus essencialmente benevolente, sempre pronto a encarnar em algum avatar para auxiliar a humanidade. Vishnu é associado à figura de Cristo e de Osíris.
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Nos Vedas, diz-se que Yama foi o primeiro ser humano a morrer. Tendo levado uma vida virtuosa, entretanto, acabou conquistando o posto de deus da morte no pós-túmulo.
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Aquele que permanece em “guerra constante”, de acordo com uma tradução possível. É o filho mais velho do rei Pandu. Ao final da guerra Kurukshetra, alça aos céus com todos os seus quatro irmãos.