Artes/cultura
16/08/2013 às 13:47•1 min de leitura
Conforme arquivos secretos do Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA) relatam, o nosso ex-presidente Ernesto Geisel realmente considerou a possibilidade de o Brasil desenvolver suas próprias bombas atômicas no período do seu mandato – que foi de 1974 a 1979. Uma das razões que levaram o ex-presidente a cogitar o fato foi a probabilidade de nossos vizinhos argentinos fazerem o mesmo e se tornarem uma ameaça, instigando uma guerra de proporções continentais.
O general disse em 10 de junho de 1974, segundo os documentos, que o país tinha que "desenvolver uma tecnologia para a utilização da explosão nuclear para fins pacíficos, o que nos permitirá, inclusive, se necessário, dispor de nossa própria arma". Essa reprodução da fala faz parte do acervo da EMFA; trecho que foi recentemente liberado pelo Arquivo Nacional, em Brasília.
De acordo com as declarações, o então presidente Geisel fez questão de abordar essa possibilidade nuclear com o Alto Comando. "Por seus importantes reflexos sobre a segurança nacional, não desejo encerrar esta exposição sem uma referência especial à política nacional para o uso da energia nuclear", teria dito. Outro aspecto que foi considerado por Geisel foi o progresso econômico nacional; seja nos quesitos econômicos, militares ou de produção de energia alternativa – que iriam se beneficiar com o desenvolvimento da arma.
Ex-presidente Ernesto Geisel Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia
Os receios em relação à Argentina ficaram maiores quando eles anunciaram que encontraram urânio com relativa facilidade; o que não deveria ser um problema para o Brasil, levando em consideração o tamanho do território nacional. Entretanto, o projeto nunca foi completado, deixando somente impressas as intenções do ex-presidente para o país. E você, como acha que seria esse futuro se nós tivéssemos desenvolvido bombas atômicas?