Artes/cultura
19/02/2016 às 14:09•3 min de leitura
Muitas pessoas praticamente só se lembram da participação japonesa na Segunda Guerra Mundial por conta de seu ataque a Pearl Harbor e de seus pilotos kamikaze. Mas, a verdade é que, se não fosse pelo péssimo “timing”, o resultado do conflito poderia ter sido muito mais favorável para o Japão.
Isso porque, segundo Sam Derwin, do portal ListVerse, os nipônicos chegaram a trabalhar no desenvolvimento de armas e tecnologias bem avançadas para a época — algumas inclusive mais modernas e poderosas do que as dos norte-americanos. Contudo, infelizmente, os equipamentos não foram enviados para combate a tempo, e aí, bem... você já sabe o que aconteceu, não é mesmo? Veja alguns exemplos desses armamentos a seguir:
Com capacidade para alcançar velocidades superiores aos 20 nós sob a água, os submarinos japoneses Classe I-201 eram bem mais rápidos do que a maioria das demais embarcações desse tipo que navegavam pelos mares durante a Segunda Guerra Mundial — que não passavam dos 10 nós.
Além de rápidos, os I-201 possuíam com uma camada de borracha em seu exterior que ajudava a reduzir o ruído gerado pelas embarcações sob a água. Esses submarinos ainda contavam com baterias de alta capacidade que davam a eles o dobro da potência dos demais submarinos da época. Para a sorte dos aliados, o Japão só conseguiu produzir três I-201 até a sua rendição.
Em 1944, as terras japonesas estavam sofrendo horrores com os bombardeios dos B-29 Superfortress norte-americanos. Foi então que os nipônicos resolveram dar uma “reformada” nos canhões antiaéreos do Tipo 3 que eles tinham a seu serviço — mas que não eram potentes o suficiente para derrubar as aeronaves inimigas.
A versão melhorada dos canhões antiaéreos foi batizada de Tipo 5, e os projéteis lançados por eles podiam alcançar os 20 mil metros — altitude mais que suficiente para atingir os B-29. O único problema é que os japoneses só conseguiram finalizar os ajustes necessários para poder produzir as armas em 1945, ou seja, quando já era tarde demais.
Imagine que você está em guerra e o seu inimigo conta com um poderoso tanque a seu serviço. O que faria? Tentaria produzir um tanque ainda melhor, certo? Pois foi isso o que os japoneses tentaram fazer para combater os M4 Sherman norte-americanos que estavam tocando o terror durante a Segunda Guerra Mundial.
Entre os anos 1943 e 1944, os nipônicos trabalharam no protótipo do Tanque Tipo 5 Chi-Ri que, depois de pronto, contaria com um motor baseado em um motor de avião que permitia que ele alcançasse velocidades de 40 km/h. Além disso, o tanque viria equipado com metralhadoras do Tipo 97, com um canhão antitanques do Tipo 1 37mm e com um canhão antiaéreo Tipo 99 88 mm. Só que a guerra terminou antes de o protótipo ficar pronto.
Na verdade, os Ki-83 foram criados a partir de outro projeto, o da aeronave Ki-73 — que era um caça pesado de alta autonomia dotado de um único motor. Quando o desenvolvimento desses aviões não deu certo, os japoneses focaram na criação dos Ki-83, que contariam com quatro canhões e dois motores e seriam mais fáceis de manobrar.
No total, três protótipos do Ki-83 foram construídos, e o primeiro teste só foi acontecer no finalzinho de 1944. Contudo, apesar de o desempenho dos aviões ter sido um tremendo sucesso, os aliados já estavam batendo às portas dos japoneses, o que significa que as demais provas tiveram que ser canceladas. No fim, a guerra terminou antes de os caças serem produzidos em massa.
O Shimakaze foi o destroyer mais poderoso da Segunda Guerra Mundial, e os japoneses tinham a intenção de produzir esse contratorpedeiro espetacular em massa para os combates. Mas, quando a guerra chegou, outras questões mais urgentes surgiram — e o projeto teve que ser abandonado.
De qualquer forma, um Shimakaze chegou a ser construído, e essa assombrosa embarcação militar foi o primeiro barco japonês a contar com um radar a bordo, e era capaz de ultrapassar os 40 nós de velocidade. Além disso, o destroyer contava com canhões antiaéreos e 15 tubos de torpedo — capazes de lançar projéteis de 610 mm —, portanto os aliados tiveram sorte que o Japão não tenha conseguido lançar uma frota inteira deles no mar.
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