Ciência
01/03/2014 às 03:43•1 min de leitura
Por mais bizarro que pareça, isso é verdade e, como todo crime, havia julgamentos e sentenças. Só para você ter ideia, o nome “suicídio” nem era usado – no lugar dele, o termo “autoassassinato” era empregado para configurar o crime.
Em 1670 foi emitido um decreto-lei na França para esclarecer o que deveria ser feito em casos de “autoassassinato”. O documento previa que o suicídio era um ato criminoso, “uma traição contra si mesmo e contra Deus” e, como todo crime, esses tipos de ocorrência terminariam nos tribunais.
A lei acabou sendo incorporada em outros países e a punição para pessoas que decidiam acabar com a própria vida incluía a levada do corpo ao tribunal, inclusive! O acusado, como obviamente não poderia mais se defender, contava com a defesa de um voluntário, geralmente algum amigo ou um familiar. Se o corpo do “criminoso” não pudesse ser levado ao tribunal, todas as discussões seriam direcionadas à memória do morto.
Fonte da imagem: Shutterstock
Os casos eram realmente sérios, como qualquer outro, e contavam, inclusive, com o depoimento de testemunhas, a fim de tentar descobrir se o morto tinha sido culpado ou não pelo “autoassassinato”. Quando considerado culpado, o corpo do acusado era levado para o mesmo local onde havia execuções públicas.
Uma vez exposto ao público, o corpo do morto era pendurado pelos pés; depois, seria cortado em pedaços e jogado em lugares isolados, sem ter direito a um enterro normal. Além disso, todos os bens do falecido passavam a pertencer ao governo.
Quem tentava se matar, mas não conseguia, também estava encrencado com a justiça e passava a enfrentar um grande preconceito social. Só para você ter ideia, o suicídio ainda era considerado crime na Inglaterra até 1961. Em 1956, o país teve 613 registros de julgamentos de pessoas que tentaram se matar. Desses, 33 foram considerados culpados e presos!
Por outro lado, em países como Japão e Grécia, o suicídio já foi visto como uma saída honrosa da vida terrena. Vá entender...