Artes/cultura
28/02/2019 às 07:00•2 min de leitura
Todo mundo sabe que no Egito Antigo a população adorava um enorme time de divindades, como Rá (deus Sol), Ísis (deusa da fertilidade), Osíris (deus da ressurreição), Hórus (filho de Osíris e rei dos vivos) e Anúbis (deus da morte).
No entanto, conforme apontou Katharine Trendacosta, do portal io9, além desses deuses mais conhecidos, existiram muitas outras figuras da mitologia egípcia que, apesar de menos populares, eram incrivelmente sinistras. Nós aqui do Mega Curioso selecionamos cinco para você conhecer um pouco melhor. Confira:
Retratada como uma criatura com cabeça de crocodilo, parte dianteira de leão e traseira de hipopótamo, Ammit era uma divindade aterrorizante que ficava sentada sob a balança de Osíris, no Salão dos Mortos. Como você sabe, os egípcios removiam vários órgãos dos falecidos durante a mumificação e acreditavam que o recém-defunto era recebido por Anúbis quando passava para o outro lado.
Então, Anúbis — o deus dos mortos — julgava as ações do morto pesando seu coração contra a pena de Ma’at, que simbolizava a justiça, a verdade e a harmonia. Se o coração fosse mais pesado do que a pena, Ammit devorava o órgão, e a alma do finado era condenada a vagar por toda a eternidade.
Também conhecida como Baba, era uma divindade que, assim como Ammit, ocupava-se das almas dos defuntos que eram condenados por Anúbis. Babi adotava a forma de um feroz babuíno sedento por sangue que tinha como costume devorar as entranhas dos malvados. Além disso, ele contava com um falo enorme — permanentemente ereto — que servia de mastro para a embarcação que levava as almas dos justos a Aaru, o paraíso dos egípcios.
Com uma peculiaridade física como essa, não é de estranhar que Babi também fosse o deus invocado por aqueles que desejavam garantir muita virilidade e uma vida sexual pra lá de ativa após a morte.
Além de Ammit e Babi, os finados que chegavam ao além-túmulo podiam cruzar o caminho de Am-heh, divindade cujo nome pode ser traduzido como devorador de milhões. Retratado na forma de um homem com cabeça de cachorro, Am-heh vivia em um lago de fogo e só podia ser controlado por Atum, o pai de todos os deuses.
Cabeça de Mafdet na cama onde Sennedjem é velado pelo deus Anúbis
Mafdet é uma deusa bastante antiga, retratada na forma de uma mulher com cabeça de felino e tranças nos cabelos que terminavam em caudas de escorpião. Essa divindade muitas vezes aparecia com um enfeite na cabeça, feito de serpentes, e se ocupava em proteger os aposentos dos faraós e outros locais sagrados contra o ataque de animais venenosos.
Também era considerada como uma das deusas da justiça e das execuções, portanto os inimigos do faraó podiam esperar por um encontro bem pouco agradável com as garras da divindade, que eram usadas para decapitar os defuntos do mal e arrancar seu coração para depositá-lo aos pés do monarca.
Também conhecido como o Carrasco de Osíris, Shezmu era o deus dos óleos e perfumes utilizados nas mumificações, assim como a divindade demoníaca das execuções, dos sacrifícios, do sangue e do vinho. Sua função era destruir malfeitores e cortar cabeças, que eram colocadas em uma prensa e esmagadas para produzir sua bebida favorita — Shezmu servia esse vinho tinto especial aos defuntos do bem que chegavam ao além. Tim-tim!