Ciência
09/07/2015 às 12:07•2 min de leitura
Em todo o mundo, 58 países possuem pena de morte para crimes como homicídio, estupro, corrupção e tráfico de drogas – até a homossexualidade é punida dessa maneira. Os métodos são variados e vão desde apedrejamento, segundo a lei islâmica, até o uso de cadeira elétrica e injeção letal, nos Estados Unidos.
Porém, além de ser um assunto extremamente polêmico, alguns casos fazem com que a punição ganhe um novo capítulo no debate: as falhas no momento da execução.
Como os profissionais da saúde se recusam a participar das ações, são os próprios funcionários das prisões que se encarregam de executar a pena, o que pode ocasionar erros. Conheça alguns casos:
Após 25 anos cumprindo pena por estupro e assassinato, Romell Broom recebeu a notícia de que seu pedido de clemência havia sido negado pelo governador do estado de Ohio.
Logo na primeira tentativa, os funcionários não conseguiram encontrar uma veia e o próprio prisioneiro tentou ajudar. Após algumas aplicações, Broom começou a suar frio e pediu água. Os funcionários discutiram se era melhor aplicar a injeção nas pernas e, após 18 perfurações, o governador decidiu adiar a execução.
Na história recente dos Estados Unidos, Romell Broom foi o segundo prisioneiro a resistir à pena de morte. O primeiro caso aconteceu em 1946, quando um jovem de 17 anos sobreviveu a um choque de 2,5 mil volts na cadeira elétrica.
Em 1988, as testemunhas da execução acabaram atingidas por sangue quando a seringa voou do braço do condenado.
Outro prisioneiro teve problemas ao receber a injeção letal. Clayton Lockett, de 38 anos, sofreu um ataque cardíaco 40 minutos após uma combinação nova de drogas não fazer o efeito esperado em seu corpo. O prisioneiro teve convulsões até que fosse declarado morto. O porta-voz do departamento prisional responsável pelo caso alegou que uma veia de Lockett estourou, não permitindo a absorção da droga de maneira correta.
Durante a década de 90, duas execuções ocorridas na Flórida deram errado porque os oficiais utilizaram esponjas erradas na preparação da cadeira elétrica. Com isso, o saco que ficava na cabeça dos prisioneiros pegou fogo.
Cena da série Dupla Identidade
No mesmo período, a execução de Allen Davis virou notícia em todo o mundo. Durante o uso da cadeira elétrica, Davis sofreu uma hemorragia nasal e várias queimaduras na cabeça, perna e virilha. Após o ocorrido, a perícia concluiu que Davis ainda foi parcialmente asfixiado por uma correia que o prendia à cadeira. A Suprema Corte da Flórida divulgou imagens do condenado já sem consciência.
A aplicação da injeção letal deu errado em Illinois quando as drogas acabaram direcionadas à mão do condenado em vez do coração, causando uma dor imensa.