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05/04/2017 às 08:48•3 min de leitura
Quando se fala em astronomia e ciência, é sempre divertido imaginar como a vida seria se as coisas fossem diferentes. Você já se perguntou, por exemplo, o que aconteceria se a Terra passasse por algumas transformações ou, que tal pensar em como seria viver em outro planeta? Se essas indagações passam pela sua mente, com certeza você vai querer saber como uma possível aproximação da Lua interferiria na vida humana.
Estação Espacial Internacional — ou ISS, sua sigla em inglês
O nosso satélite orbita a Terra a uma distância de cerca de 384 mil quilômetros. Mesmo que isso a torne o astro mais próximo de nós, é necessária uma viagem de quatro dias em uma cápsula espacial para chegar até lá.
Mas, e se a Lua estivesse mais perto? Para as pessoas terem uma vaga ideia, um usuário do YouTube criou um vídeo incrível mostrando como seria se ela orbitasse a Terra a uma distância de 420 quilômetros — a mesma distância que está localizada a Estação Espacial Internacional (ISS). Confira na animação a seguir:
Se a Lua estivesse tão próxima, como a 420 quilômetros da superfície da Terra, ela ocuparia mais da metade do céu e o cruzaria em, aproximadamente, cinco minutos. Além disso, o satélite orbitaria o nosso planeta em apenas uma hora e meia!
Imagine a vista!
Claro que a vista seria realmente impressionante, mas, infelizmente, se isso acontecesse, toda a vida terrestre seria dizimada. Você sabe por quê? A resposta, basicamente, é a gravidade ou, mais especificamente, a força de maré.
Seria tenso...
Se a Lua estivesse a 420 quilômetros de distância de nós, as marés seriam incrivelmente ampliadas — quase 100 mil vezes mais. Inundações, maremotos que atingiriam todo o mundo a cada 90 minutos por conta da órbita mais próxima e mais rápida do satélite. Terremotos apocalípticos, aquecimento interno que poderia resultar em oceanos fervendo, e vulcanismo também fariam parte do dia a dia terrestre. O que tudo isso significa? Que se a Lua estivesse passando tranquilamente perto da Terra, todos nós seríamos completamente destruídos.
Mas o planeta não seria o único a sofrer as consequências. Na verdade, como a Terra é 80 vezes mais maciça que a Lua, as marés sentidas pelo satélite seriam ainda maiores. Dessa forma, as marés da Terra simplesmente reduziriam a nossa companheira em pedaços. Em vez de ter um satélite, o nosso planeta teria um anel de detritos em sua órbita, assim como Saturno.
Já pensou... a Terra com anéis?
Com a destruição da Lua, mais problemas seriam enfrentados pelo nosso planeta. O solo terrestre ficaria muito mais vulnerável a receber chuvas de meteoros. Além disso, os oceanos se tornariam muito mais calmos, o que afetaria e, provavelmente, extinguiria a vida marinha.
Como se tudo isso não fosse suficiente, é necessário lembrar que, no sistema Terra-Lua, o nosso satélite é responsável por um octogésimo da massa. Dessa forma, se a Lua fosse aniquilada, a órbita e a rotação da Terra seriam diretamente afetadas. Como a nossa companheira atua como estabilizador, a órbita do planeta se tornaria muito elíptica, o que causaria mudanças climáticas de grande impacto.
Nós precisamos dela
Mas não há com o que se preocupar: é claro que a Lua não chegará a 420 quilômetros de distância do nosso planeta. Na realidade, o que os astrônomos têm observado é um distanciamento do nosso satélite natural. Por meio de medidas de alta precisão, os cientistas calculam que a Lua está se afastando da Terra cerca de 3,8 centímetros por ano. Na verdade, pesquisadores afirmam que há 4 bilhões de anos, a Lua orbitava o nosso mundo a apenas 25 mil quilômetros de distância.
Evidentemente, o afastamento da Lua também não traria um cenário animador. Com dias quase 50 vezes mais longos e temperaturas extremamente baixas durante a noite, nós não conseguiríamos sobreviver.
Fica, Lua!!!
Sobre a taxa de afastamento calculada pelos astrônomos, você precisa saber que ele deverá se manter assim até que a Lua alcance cerca de 560 mil quilômetros de distância da Terra. Você consegue imaginar como seriam os dias por aqui? Para começar, eles durariam 1.152 horas e o calor seria simplesmente inimaginável. Aparentemente o afastamento continuará, mas para um cenário desses acontecer, serão necessários alguns bilhões de anos. Portanto, não há o que temer!
*Texto redigido por Andressa Neves via N-Experts.
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