Ciência
17/01/2017 às 09:00•4 min de leitura
Você deve conhecer muitos lugares com histórias assustadoras que seus amigos contavam para lhe deixar com medo quando era criança ou até mesmo que os próprios locais dizem para atrair turistas. Mas você nunca viu algo tão misterioso quanto o que reunimos abaixo.
Montanha de lixo Fonte da imagem: Business Insider
A República das Maldivas é um país insular – constituído por 1.196 ilhas – situado ao sudoeste da Índia e que atrai muitos turistas por suas belas praias. Mas claro que essas centenas de milhares de visitantes produzem muito lixo, e tudo isso é enviado à ilha artificial Thilafushi, que, desde sua criação, nos anos 90, é o principal aterro do país.
Atualmente, 150 pessoas moram na ilha e trabalham com todo o lixo enviado para lá. Eles decidem o que pode ser reciclado, o que pode ser queimado e o que deve ser exportado para outros países. O problema é que Thilafushi recebe 330 toneladas de lixo diariamente! Sem contar que os restos são lançados nas águas do Pacífico e no ar.
Ilha completamente abandonada Fonte da imagem: Seriously for real?
A ilha North Brother fica no East River, entre o Bronx e a ilha Riker, foi um dos locais com grandes desastres e se tornou uma ilha abandonada em Nova York. Em 1885, o Hospital Riverside se mudou para lá tratando pessoas com doenças contagiosas, como varíola.
Em 1904, uma embarcação a vapor chamada “General Slocum” se incendiou meia hora após sair do porto e acabou causando um desastre estrondoso. Naquela manhã, 1.358 passageiros subiram a bordo do navio e 1.021 morreram no desastre.
Hoje em dia, a ilha tem o acesso proibido e monitorado pelo governo e é um santuário de pássaros.
Placa descrevendo os testes de Antraz Fonte da imagem: Atlas Obscura
A ilha Gruinard fica no norte da Escócia e sempre foi conhecida por ser a terra das árvores e do clã McKenzie. Porém, durante a Segunda Guerra Mundial, o governo britânico realizou testes com Antraz. A ilha estava desabitada desde os anos 30 e por isso foi considerada o local ideal para os testes.
Diversas ovelhas foram enviadas para lá e uma bomba de Antraz foi lançada. Claro que todas as ovelhas morreram e ninguém reclamou, afinal, estavam vivendo a grande guerra. Porém, anos mais tarde, animais começaram a se infectar no continente devido às águas vindas da região da ilha. Então, em 1981, o governo criou a “Operação Dark Harvest” para descontaminar Gruinard.
Vista da ilha de San Servolo Fonte da imagem: Travel Top
A ilha de San Servolo é pertencente ao arquipélago de Veneza e sempre foi habitada por monges beneditinos. No começo do século 18, foi fundado o hospital militar para cuidar dos feridos de guerra.
Com o passar do tempo, o hospital passou a tratar apenas de pacientes com problemas mentais, se tornando, assim, um manicômio. Ainda sendo comandado por uma antiga ordem religiosa chamada San Giovanni di Dio, o método mais tradicional entre os médicos era o total isolamento e a repressão. Além disso, eles aplicavam o chamado “tratamento moral”, que hoje em dia seria considerado brutal.
Em 1978, o manicômio foi fechado e o local foi transformado no Instituto para o Estudo da Marginalização Social e Cultural, a fim de preservar os estudos e a história do antigo hospital psiquiátrico.
Incêndio na fábrica de munições Fonte da imagem: Listverse
A ilha Brown se encontra na Virginia, Estados Unidos, e atualmente é conhecida pelos festivais abertos durante o verão e a primavera, mas antigamente foi palco de um desastre dos mais marcantes, na época da Guerra Civil Americana.
Em 1863, uma série de prédios de madeira foi construída na ilha para abrigar uma fábrica de munição para a guerra. Eles foram feitos na ilha Brown para que não fossem construídos em áreas de maior concentração urbana.
Porém, em 13 de março o inevitável aconteceu. Uma jovem imigrante irlandesa chamada Mary Ryan tentou remover um detonador de uma tábua de madeira, batendo em uma mesa. Isso gerou uma explosão no prédio, que era ocupado em média por 90 jovens mulheres, e matou 44 pessoas no total.
Solovki, o modelo para o Gulag Fonte da imagem: Listverse
A ilha Solovki teve seu monastério construído em 1436, o qual anos mais tarde foi transformado em uma prisão que serviu de modelo para o famoso sistema Gulag – campos de trabalho forçado para criminosos, presos políticos e qualquer um que fosse contra o regime da União Soviética.
Os prisioneiros começaram a ser enviados para lá, e os próprios monges se tornaram seus guardiões. Mais de 400 prisioneiros foram enviados à ilha por Ivan, o Terrível. Anos depois, a prisão se tornou um campo de concentração contra os favoráveis à Guerra Civil russa.
Em 1937, mais de 2 mil pessoas foram mortas em execuções, e os prisioneiros descreviam as condições horríveis a que eram submetidos. Além, claro, do sadismo presente em todos os guardas do local – que não eram mais os antigos monges.
O domo cobre uma enorme cratera Fonte da imagem: Atlas Obscura
Enewetak é um atol das ilhas Marshall no oceano Pacífico que foi tomado pelos Estados Unidos em 1944 durante a Segunda Guerra Mundial. Após o término da guerra, todos os nativos residentes foram evacuados de lá e o governo americano começou a realizar testes nucleares no local.
No total, foram 48 testes nucleares entre 1948 e 1958, incluindo a primeira bomba de hidrogênio, Ivy Mike, 500 vezes mais potente que a lançada em Hiroshima durante a grande guerra. O resultado foi uma cratera de 1 quilômetro, a criação de dois isótopos de plutônio e a descoberta de dois novos metais pesados. A cratera foi coberta com uma cúpula de concreto para isolar todo o material radioativo presente no solo.
Terror e cenas de canibalismo Fonte da imagem: Cultura Marcas
A ilha Nazino é um local inabitável no nordeste de Moscou que foi utilizada para um dos massacres mais marcantes do regime de Stalin. Em 1933, 50 mil pessoas envolvidas no programa de realojamento – entre elas criminosos, pessoas sem documentação e desempregados – foram enviadas para Tomsk, na Sibéria, mas 6.114 foram levadas para a ilha Nazino.
Todas essas pessoas foram largadas sem local de moradia, com as roupas do corpo e sem ter o que comer por quatro dias. Então, foi entregue apenas farinha para usarem como alimentação, e o resultado disso é assustador! Muitos começaram a adotar o canibalismo para sobreviver e foi quando a matança começou. De todos os enviados à ilha, 4 mil pessoas morreram de frio e/ou atacadas por outras pessoas.
Uma colônia de leprosos Fonte da imagem: Listverse
Park Sun-ji trabalhava tranquilamente em sua fazenda na Coreia quando as autoridades o prenderam e o levaram para a ilha Sorok. Ele foi apenas um dos muitos enviados para a ilha por ser leproso.
As lindas praias escondem o passado assombroso da antiga colônia de leprosos que existiu durante 100 anos, primeiramente comandada por japoneses e posteriormente por coreanos. Porém, os pacientes eram tratados como prisioneiros, eram obrigados a trabalhos pesados físicos e eram espancados caso não cumprissem seu “dever”.
Atualmente, uma ponte liga a ilha ao continente, mas ainda existe o preconceito com os pacientes já curados da doença, que ainda são vistos com os mesmos olhos de seus antigos médicos.
Só listamos nove ilhas, mas existem muitas mais e poderíamos, tranquilamente, aumentar a lista para 20 ou 30. Por enquanto, não achamos nenhuma ilha como Lost, mas vai saber se não existe alguma perdida em algum lugar longínquo?