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07/06/2011 às 10:30•1 min de leitura
Elizabeth Taylor em "Cleópatra", filme de 1963 - Fonte: ReproduçãoQue as mulheres do Egito antigo tinham um charme especial e peculiaridades que inspiram a moda e a maquiagem até hoje, isso todo mundo sabe. Mas o que ninguém tinha conhecimento é que os corantes escuros que pintavam os olhos delas, sempre bem marcados e desenhados - como os de Cleópatra – na verdade, serviam também para proteger a região de infecções, muito comuns naquela época devido à falta de condições apropriadas de higiene.
A descoberta – publicada no Analytical Chemistry - foi feita por cientistas franceses do Museu do Louvre e do Instituto CNRS, liderados por Philippe Walter, os quais revelaram que os benefícios da maquiagem das egípcias iam além da estética e tratavam a pele em volta dos olhos, devido ao chumbo e sais contidos nos corantes. Essas substâncias produziam o óxido nítrico que, em baixos níveis, podiam contribuir para o sistema imunológico combater bactérias responsáveis por diversas doenças oculares.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores utilizaram um processo de microscopia de elétrons e difração de raios-X para conseguir analisar 52 amostras, retiradas de estojos de maquiagem egípcia preservados no museu do Louvre. Eles descobriram que os produtos eram feitos de compostos à base de chumbo, chamado galena, que dava o tom escuro. Os tons mais claros eram feitos com laurionita e fosgenita. Os egípcios acreditavam que essa pintura nos olhos tinha um poderoso efeito mágico, curador e, durante sua produção, eles entoavam cânticos sagrados.