Estilo de vida
19/10/2016 às 12:02•1 min de leitura
Uma equipe de 40 médicos, trabalhando mais de 27 horas, conseguiu separar dois gêmeos siameses que nasceram com uma rara união pelo crânio, chamada de craniopagus. Ela ocorre uma vez a cada 2,5 milhões de nascimentos, em média, e possui uma das separações cirúrgicas mais complexas da medicina.
Jadon e Anias McDonald nasceram em setembro de 2015 com o topo de suas cabeças conectadas. Além do crânio, partes dos tecidos cerebrais eram divididas pelos dois irmãos. A cirurgia aconteceu há cerca de 10 dias, em Nova York, pouco tempo depois de os gêmeos completarem seu primeiro ano de vida.
A operação só pôde ser realizada através de avançadas tecnologias de mapeamento por imagens. Mesmo assim, durante o procedimento, os médicos acabaram encontrando uma área de 5 x 7 centímetros de tecido cerebral que não tinha sido analisadada nos estudos para a separação dos gêmeos siameses.
Irmãos passaram 13 meses unidos pelo topo do crânio
O chefe da equipe de cirurgiões foi o doutor James Goodrich, que, por conta da raridade, estava realizando apenas a sua quarta cirurgia de craniopagus. Os dois irmãos tiveram diferentes complicações após a separação: Anias teve convulsão no dia seguinte, e Jadon está com o lado esquerdo paralisado.
Apesar disso, os médicos garantem que será necessário passar um período maior para que possíveis sequelas possam ser mais bem observadas. Jadon, o irmão com o caso mais complicado, levou 1 mês para se recuperar de uma cirurgia anterior. Seus pais esperam que o mesmo aconteça desta vez e que ambos os gêmeos possam ter uma vida normal depois dessa operação.
Nesta segunda (17), uma semana após a operação, Jadon voltou a mexer o olho esquerdo