Estilo de vida
26/02/2016 às 08:58•2 min de leitura
Muitos cientistas que estudam efeitos meteorológicos acreditam que o El Niño tem responsabilidade pelo aumento de casos de contaminação pelo vírus mais comentado no momento. De acordo com o pesquisador Andrew Monaghan, em declaração publicada no Oddee, mudanças climáticas favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão do vírus.
O El Niño provoca aquecimento nas águas centrais e orientais do Pacífico, aumentando temperaturas e alterando os padrões de chuva na América do Sul. Tudo isso cria condições ótimas de reprodução do mosquito.
O fenômeno aumentou o número de inundações e secas na África, na Ásia e na América Latina. A estimativa é de que 100 milhões de pessoas estão enfrentando crises de água e, por consequência, se encontram mais vulneráveis ao aparecimento de doenças. A região mais afetada é a África, onde pelo menos 1 milhão de crianças estão em condições sérias de desnutrição depois de dois anos de seca em diversas regiões do continente.
O planeta atingiu sua temperatura máxima em janeiro de 2016, graças ao El Niño. A alta foi de 1,13 ºC na média da temperatura da superfície da Terra. Ainda que as alterações climáticas que o fenômeno tem provocado no Pacífico sejam preocupantes, a atenção maior é em relação ao Ártico, que é atualmente a região com clima mais alterado no planeta, perdendo quantidades imensas de gelo.
A região é conhecida por ser a mais seca e quente da América do Norte, e, por causa das chuvas provocadas pelo El Niño, o Vale da Morte está voltando a ter vida. O que se vê hoje em dia são plantações crescendo e flores coloridas, criando uma paisagem extremamente rara na região. Esse tipo de vida é visto no Vale da Morte geralmente uma vez a cada dez anos.
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