Artes/cultura
04/10/2019 às 08:00•3 min de leitura
Com o passar dos anos, o mundo vai evoluindo constantemente. A humanidade vai adquirindo conhecimento, e tudo, de alguma forma, acaba influenciando nos mais variados costumes e atitudes das sociedades. Nesse sentido, a higiene é um dos pontos que mais sofreu transformações de tempos antigos para atualmente.
Na época medieval, por exemplo, as concepções de limpeza e bons modos eram totalmente diferentes. Tudo bem que o conhecimento e o acesso à informação eram muito mais limitados, mas isso não diminui o fato de que o mundo era muito mais obscuro no quesito higiene. Sobre esse assunto, com base em uma publicação do site All Day, apresentamos 13 práticas diárias da época medieval que poderiam assombrar a sua vida.
A maioria das pessoas não ligava para o uso de talheres. O costume era comer com as mãos, que sequer eram lavadas antes das refeições. As louças que serviam os pratos, muito provavelmente, também não passavam por qualquer processo de limpeza. Essa situação só começou a mudar com a ascensão da classe média em Amsterdã, no século 18.
Quem não gosta de tomar aquele banho maravilhoso ao chegar em casa logo depois de um longo dia de trabalho? Bem, se você é um desses, no período medieval, talvez repensasse essa condição, pois até as banheiras particulares das casas eram usadas de maneira comunitária. E o pior: a água era reutilizada constantemente.
Diante disso, você pode imaginar por que as pessoas não ligavam de praticar o chamado “banho anual”. Exatamente, houve uma época em que a higiene corporal só acontecia uma vez por ano.
A lavação das roupas acontecia também uma ou duas vezes ao ano, e, assim como o caso do banho, havia um motivo que fazia todos pensarem duas vezes antes realizá-la. O produto de limpeza mais utilizado se tratava de uma mistura de água de rio, urina e soda cáustica. Como se pode imaginar, isso acabava deixando as vestes com um cheiro extremamente forte e fedido.
Novamente a urina. Ela era utilizada em diversos medicamentos, mas um dos costumes mais tenebrosos da época era usar o xixi para dar aquela bela lavada no rosto. Você consegue imaginar fazer isso algum dia?
Sim, se você for investigar, pode ser que ainda hoje encontre alguém que use o penico, já que banheiros e privadas são uma invenção relativamente recente. Mas isso não exclui o fato do quão nojentos são esses objetos. Eles costumavam ficar embaixo da cama ou em um dos cantos do quarto, facilitando pelo fato de não ter que se deslocar até a “casinha” durante a noite. Mas pense: deixar todo o “trabalho”, realizado durante a madrugada, no tal recipiente e só retirar pela manhã? É, que Deus abençoe os tronos e as descargas!
Bom, se você viu como eram os banhos e outras partes da limpeza, pode imaginar que esta maravilha inventada pela humanidade ainda não existia. Assim como algumas civilizações ainda praticam atualmente, muitos indivíduos costumavam usar as mãos para realizar o “trabalho sujo” na época medieval. Uma exceção, não menos nojenta, eram os romanos, que possuíam esponjas comunitárias.
Fora os membros do corpo e os objetos divididos por toda a família, na época também havia outra alternativa para limpar o “local onde o sol não bate”. Muitas pessoas utilizavam folhas, grandes e macias, para tal função. Agora, nem sempre todos acertavam as plantas indicadas, e isso fazia com que muito indivíduos sofressem com alergias e inflamações naquela “região ingrata”.
Naquela época, o principal costume não era varrer a sujeira para baixo do tapete. Tudo o que caía no chão ali ficava e, em uma prática adotada em todas as classes sociais, as pessoas tinham o hábito de transitar sobre palha. Simplesmente, quando o chão ficava sujo, mais palha ou outras plantas eram jogadas para esconder. As sujeiras iam se misturando a tudo o que era colocado no assoalho, e isso, naturalmente, ia criando um odor horrível.
As roupas de cama eram extremamente sujas. Logicamente, esses locais se tornavam lar de muitos vermes e insetos, como percevejos de cama e outros.
Bom, hoje parece essencial que haja um produto que mantenha o odor agradável em banheiros e nos mais variados ambientes, mesmo que não haja mau cheiro constante. Pois bem, imagine como eram as coisas na Era Medieval, já que quase tudo fedia em função da falta de limpeza e higienização. Por isso, as flores eram utilizadas para camuflar o fedor dos ambientes das casas em uma mistura de aromas difícil de compreender.
Para poder confeccionar os mais variados penteados da época, as pessoas, muitas vezes, usavam perucas preparadas com gordura animal, o que as deixava com odores extremamente ruins.
As maquiagens também traziam elementos muito desagradáveis na Era Medieval. Um dos itens mais intrigantes, por exemplo, eram as sobrancelhas postiças. Esses acessórios eram feitos a partir de retalhos peludos de pele de rato.
Junto com o mercúrio, os sanguessugas eram as alternativas medicinais farmacêuticas mais recomendadas na inacreditável Idade Média. De desconfortos estomacais a dores de cabeça, essa, quase sempre, era a solução.
Diante de tanta sujeira, você consegue imaginar que estrago era capaz de fazer um simples corte em qualquer parte do corpo, não é mesmo? Era um festival de infecções e doenças relacionadas a esse tipo de situação. Para evitar riscos maiores, a solução dos medievais era cauterizar as feridas com um ferro em brasa.
Agora, sempre que você precisar ser submetido a qualquer procedimento clínico moderno, agradeça bastante, mesmo que sofra com um pouco de dor. Se tivesse que passar por isso na Idade Média, com certeza você “choraria sangue” e teria os piores pesadelos!