Maçã geneticamente modificada não ganha cor marrom depois de cortada!

09/01/2014 às 06:451 min de leitura

Quem nunca deixou de comer um pedaço de maçã por conta daquele aspecto marrom, com cara de fruta velha e amassada, que atire a primeira pedra. A empresa canadense Okanagan Specialty Fruits desenvolveu um produto modificado geneticamente que deixa a maçã sempre com cara fresca e saudável.

As frutas são modificadas de tal forma que possam manter por mais tempo a sua cor natural mesmo depois de serem cortadas. As maçãs em geral escurecem rapidamente após serem fatiadas, em um processo chamado pelos cientistas de “escurecimento enzimático”, e a modificação genética inibe o processamento dessas enzimas da fruta.

Como ocorre com qualquer produto geneticamente modificado, as maçãs da empresa canadense têm recebido certa resistência e gerado discussões no setor. A opinião pública debate se mudar o processo natural da maçã é realmente saudável, mesmo enquanto os cientistas insistem que essas frutas não deixam nada a desejar em relação às originais em valores nutritivos.

Aparência natural ou modificada?

Entretanto, a resistência se dá de forma ainda mais incongruente. Por mais que os consumidores procurem sempre comprar frutas frescas e com aparência saudável, eles podem não aceitar comer uma maçã que simplesmente não escurece com o passar do tempo, como se isso não fosse algo natural.

Ou seja, o desejo é pelo consumo de uma fruta esteticamente bonita e saudável, mas, se a produção consiste na inibição genética de enzimas que produzem o aspecto amarronzado, então a fruta não é natural o suficiente para consumo – e a cor marrom do interior da maçã é então requerida.

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