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20/01/2017 às 06:00•2 min de leitura
Você provavelmente já deve ter ouvido o nome de Madre Teresa de Calcutá. O que talvez você não saiba é que ela está “aguardando” para ser santificada através do processo de canonização. Mas o que significa ser “santo”? E o que é a “canonização”? E como alguém pode se tornar santo?
Muitas religiões no mundo atribuem um status especial a algumas pessoas que demonstraram uma vida de virtude quase perfeita. Os títulos concedidos podem diferir entre uma denominação e outra, mas na Igreja Católica essas pessoas são chamadas de santas.
A canonização é o processo final por meio do qual uma pessoa é considerada santa no catolicismo. Diz-se “final” porque, para que alguém esteja habilitado para receber esse título, há certos “passos” a serem atendidos.
Uma vez que alguém é considerado santo, essa pessoa é recomendada a toda Igreja Católica para veneração. Alguns deles são selecionados para serem santos padroeiros, ou seja, guardiões ou protetores especiais de determinadas causas, doenças, igrejas, países ou ocupações.
Como mencionado anteriormente, há alguns “passos” que devem ser seguidos para que o indivíduo possa ser considerado santo. As informações descritas a seguir estão em um formato resumido e são relacionadas à denominação católica, podendo ou não ter semelhança com o procedimento adotado por outras religiões.
1. O processo de santificação se inicia apenas cinco anos após falecimento do candidato. Isso é necessário para dar mais objetividade à avaliação e permitir que as emoções da perda sejam amenizadas.
2. O bispo local é o responsável por conduzir as investigações acerca da vida e dos escritos do candidato à procura de evidências de virtudes heroicas. Uma espécie de tribunal pode ser instaurado para que pessoas testemunhem a favor do indivíduo analisado. As informações reunidas são enviadas ao Vaticano para análise. Neste ponto, o candidato é considerado um Servo de Deus.
3. Em seguida, uma série de avaliações é realizada pela Congregação para a Causa dos Santos considerando os documentos reunidos. Se o parecer for favorável ao candidato e for constatada a existência de virtudes heroicas, o Papa pode conceder a ele o título de “venerável”.
4. Este é o último passo que antecede a canonização. Trata-se da beatificação, processo em que é verificada a existência de um milagre póstumo de autoria do Servo de Deus. O milagre precisa passar por uma investigação antes de ser considerado válido.
Lembra-se da Madre Teresa de Calcutá, que citamos no começo da matéria? Ela foi beatificada em outubro de 2003 em decorrência da cura de uma indiana com um tumor no estômago. Constatado o milagre, o candidato recebe o título de Beato.
5. Caso a pessoa já tenha sido beatificada, outro milagre póstumo é necessário para que ela possa ser canonizada. Após a canonização, ao candidato é concedido o título de santo. O processo de averiguação do milagre é o mesmo conduzido na beatificação.
Há santos para praticamente todas as causas, ocupações e localizações. A Igreja Católica já canonizou mais de 3 mil pessoas, porém o número exato de santos é desconhecido, pois nem todos foram oficialmente canonizados.
A Nossa Senhora Aparecida, por exemplo, é a padroeira do Brasil. Ela também é considerada a protetora de grávidas, recém-nascidos, rios e mares, ouro, mel e beleza. São José de Cupertino é o santo protetor dos tripulantes, passageiros e pilotos de aeronaves, asa-delta, ultraleve e outros.
Nós, usuários da internet, também possuímos um santo padroeiro: trata-se de Isidoro de Sevilha, protetor dos usuários de computador, técnicos de computação e programadores.