Ciência
11/07/2019 às 09:00•1 min de leitura
Não adianta torcer o nariz e fazer cara de nojinho: a prática de comer a placenta logo após o parto está ganhando cada vez mais adeptas. A justificativa é de que isso traz uma série de benefícios, como a união maior com o bebê, um suposto risco menor de depressão pós-parto e até mesmo a quantidade de nutrientes que o órgão possui.
A placenta é uma das primeiras estruturas a se formar dentro do útero, sendo a responsável pela conexão entre a gestante e o bebê. Ela fornece os nutrientes e o oxigênio, além de expelir o que não for útil para a formação do feto. Agora, uma nova pesquisa mostra que o seu consumo pode acabar colocando a saúde do recém-nascido em risco.
De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), entidade norte-americana sobre saúde, a placentofagia pode fazer com que a mãe ingira bactérias infecciosas que fazem mal à saúde dos bebês. O CDC relata o caso de um recém-nascido infectado com Streptococcus agalactiae – uma bactéria que oferece risco de morte! O relatório diz que a mãe dessa criança ingeria cápsulas de placenta contaminadas.
Forma mais comum de ingerir a placenta é em cápsula
Como a transformação da placenta em cápsulas não é algo regulamentado, o CDC acredita que a empresa contratada pela mãe pode não estar aquecendo o órgão na temperatura correta para eliminar todas as bactérias.
Na natureza, muitos animais realmente comem a placenta logo após o parto. Entre os seres humanos, isso ainda é pouco usual, mas está se popularizando. E apesar de muita gente achar que o órgão é extremamente saudável para o consumo, principalmente para aumentar a quantidade de ferro, vitaminas e sais minerais, não existem estudos que comprovem tudo isso. Vale a pena se arriscar?