Estilo de vida
23/01/2017 às 11:11•3 min de leitura
Para a maioria das pessoas, o número 13 é considerado tanto de sorte quanto de azar. Mas você sabia que muitos outros números são evitados em diversos países devido a supertições, pronúncia e até mesmo por relações com eventos catastróficos? A seguir, listamos alguns dos principais números a serem evitados e a história por trás de cada um.
O número 39 não é bem-visto no Afeganistão, principalmente na capital do país, Cabul. Segundo a crença popular, esse é o número preferido por agenciadores de prostitutas. Porém, também há outra crença sobre a origem da superstição: alguns acreditam que derive de uma forma antiga de cálculo, chamada abjad. O certo é que ninguém sabe explicar a origem do ódio por esse número.
Para você ter uma ideia, os afegãos evitam que a placa do carro, o número de telefone e o endereço de sua casa contenham o número 39. Um carro que normalmente seria vendido por 12 mil dólares, por exemplo, poderia valer apenas 7 mil dólares, por ter o dito-cujo do número na placa. E isso vale até mesmo para as pessoas, que evitam assumir que possuem 39 anos, dizendo a outras que já completaram 40.
A empresa de telefonia móvel Mobitel, da Bulgária, suspendeu o número 0888-888-888 após três pessoas que o usaram morrerem dentro de apenas 10 anos. A primeira vítima faleceu em 2001, vítima de câncer. Já a segunda vítima, um traficante de drogas, faleceu por mãos da máfia russa. E a terceira vítima, mais um traficante de drogas, morreu após a polícia local apreender 130 milhões de libras de suas drogas. Hoje, a empresa suspendeu a linha e não a ativa para nenhum interessado.
Os norte-americanos e o mundo todo nunca vão esquecer o que aconteceu no dia 11 de setembro de 2001. Por isso, lá esse número ficou tão marcado. Para eles tudo faz parte de uma conspiração, por exemplo: as torres do World Trade Center formavam o número 11; o dia 11 de setembro foi o dia 254 do ano em 2001, logo 2+5+4 = 11; o primeiro avião que se chocou contra as torres foi o voo 11, que tinha 11 tripulantes e 92 passageiros, logo 9+2=11. Tem até uma contagem com o nome dos locais “New York City” e “Afeganistão”, que possuem 11 letras cada.
Na terra da pizza, o 17 é considerado o número do azar. Ele simboliza morte, porque escrito em algarismos romanos “XVII” pode ser reorganizado e formar a palavra “vixi”, que significa “eu vivi”. O termo VIXI é muito utilizado em tumbas romanas. O número 17 também é relacionado ao dia do grande dilúvio descrito na Bíblia, que começou em 17 de fevereiro (Gên. 7:11). Outra hipótese para a crença é baseada na la smorfia, um sistema numérico utilizado na interpretação de sonhos, no qual o número 17 significa infelicidade.
Para se ter uma ideia de como o número em questão é evitado, alguns hotéis não possuem o quarto 17, e a companhia aérea Alitália não tem nenhum voo 17. A situação piora quando o dia 17 cai em uma sexta-feira, também considerado um dia de azar.
Na China, o número 250 é considerado uma ofensa. Em mandarim, ele é pronunciado “er bai wu”, que significa imbecil. Para contornar isso, eles alteram a pronúncia para “liang bai wu” ou “er bai wu shi”, que não possuem significado negativo.
Essa superstição pode ter se originado nos tempos das dinastias chinesas. Naquela época, as moedas de cobre eram utilizadas, e a contagem de 1 mil moedas costumava ser a medida-padrão. Dessa forma, o número 500 era considerado inferior, e o número 250, algo severamente inferior.
Voltando ao mundo moderno, a empresa de aviação Gulfstream Aerospace alterou o nome de seu jato executivo de Gulfstream G250 para G280. Segundo o vice-presidente, o novo número é considerado mais ‘confortável’ em outras culturas.
Apesar de a maioria das supertições envolvendo números e catástrofes estar errada, elas ainda podem ser muito assustadoras. Para você ter uma ideia, desde 1960, cinco aviões com o número de voo 191 deixaram de funcionar.
O acidente aéreo mais mortal da história dos Estados Unidos aconteceu com um voo da American Airlines, mais precisamente o 191, que caiu no aeroporto O’Hare, em Chicago, matando 273 pessoas, em 1979. Em 1967, o avião experimental X-15, com número de voo 191, caiu e matou o piloto. Desde então, nenhum outro avião do mesmo modelo sofreu acidente.
O avião da Prin Air, com número de voo 191, caiu no aeroporto de Mercedita, em Porto Rico, em 1972. Um voo da Delta Airlines com mesmo número de voo caiu no aeroporto de Dallas, em 1985, matando 137 pessoas. E em 2012, um avião da JetBlue Airways, com o número de voo 191, fez um pouso de emergência no Texas.
Depois de todas essas tragédias, o número 191 não é utilizado pelas companhias aéreas Delta e American Airlines.