Artes/cultura
04/07/2016 às 09:25•1 min de leitura
Uma empresa de Ontário, no Canadá, afirma que o seu método de lidar com cadáveres é revolucionário e será muito utilizado no futuro: com uma solução alcalina, eles estão dissolvendo restos humanos e os descartando no sistema de esgoto.
A "Aquagreen Dispositions" atua desde 2015, quando conseguiu licença do governo do país para tal prática – anteriormente, o processo só era feito com animais. O dono da empresa, Dale Hilton, já trabalhava na área e acompanha a mudança em busca de enterros mais sustentáveis, como o surgimento dos caixões biodegradáveis. Assim, ele começou o negócio de hidrólise alcalina, que em apenas duas horas desintegra um corpo – em um enterro comum, o processo chega a levar 20 anos.
Equipamento da Aquagreen Dispositions
Outra vantagem é que a chamada "cremação verde" não libera cerca de 250 quilos de dióxido de carbono para a atmosfera como as cremações tradicionais.
O sistema usa potássio, sal e água, "desconstruindo" o corpo humano em um recipiente aquecido e pressurizado. Assim, parte do material orgânico é dissolvida na solução alcalina, resultando em um líquido de cor escura. Antes de ser enviada para o tratamento de esgoto, a mistura passa por dois filtros diferentes.
Para o processo, são usados cerca de 280 litros de solução alcalina e uma quantidade de energia equivalente a um refrigerador.
Dale Hilton
Os responsáveis pelo negócio afirmam que não há com o que se preocupar e que amostras da água descarregada são constantemente analisadas.
Já os ossos, que não são descartados no processo, são triturados e secos em um forno, transformando-se em um pó fino e branco que é entregue para a família do falecido.
Hilton afirma que já fez cerca de 200 cremações com esse novo método que é "100% verde" e o futuro da cremação.