Ciência
25/12/2016 às 04:00•2 min de leitura
Nós somos realmente muito sortudos por existir. E não estamos falando de motivos religiosos, sobre o amor ou nenhuma outra discussão filosófica em relação ao pensamento e o mundo das ideias platônico. Era muito improvável que seu pai tivesse conhecido a sua mãe e depois concebido você em um momento exato e único. Isso também vale para os pais dos seus pais, para os pais deles, e assim por diante, até tempos imemoriáveis.
A vida em nosso universo sobrepõe probabilidades quase infinitas de erro, e isso é o jeitinho que a ciência encontrou de nos fazer sermos gratos por estarmos por aí. Mas não pense que isso não pode piorar, pois ao passo que aprofundamos um pouco mais a teoria das coisas em relação à existência de vida, a situação fica cada vez mais periclitante.
Se o universo tivesse optado por aumentar a força eletromagnética mesmo em pouquíssimos fatores, pronto: as estrelas não seriam capazes de produzir materiais pesados, muito menos o planeta em que habitamos. Além disso, se o universo tivesse ficado com a densidade um pouquinho maior por apenas alguns minutos, ele teria entrado em colapso mesmo antes de ter a forma que conhecemos hoje.
Fonte da imagem: Reprodução/Slate
As leis da Física parecem trabalhar contra nós. Os físicos gostam de fingir que as equações que regem o Universo são composições ordeiras e elegantes. Na realidade, a história da Física se baseia no uso de princípios de simetria aplicados na construção de leis complexas (e muito complicadas) para o comportamento do Universo.
Albert Einstein, por exemplo, foi capaz de formular sua teoria especial da relatividade — aquela que nos forneceu a relação E = mc² — praticamente a partir da simples ideia de que não havia distinção a se fazer entre observadores imóveis e aqueles que estavam em movimento uniforme.
Durante o século passado, a matemática Emmy Noether foi capaz de provar que a simetria universal funciona com base em princípios físicos. Com isso, se o Universo inteiro funciona com base em simetria, podemos prontamente concluir que os seres humanos são uma espécie de caroço ou impureza, contribuindo para arruinar a beleza de todo o cosmos.
E quem se interessar ainda mais pela questão pode acessar diretamente o artigo do portal Slate, que aponta quatro razões pelas quais nós não deveríamos existir (no idioma inglês). Enfim, se os humanos não deveriam estar aqui ou se eles deveriam, o que importa é que estamos. Agora basta aproveitar!