Ciência
18/04/2016 às 10:18•2 min de leitura
O Big Bang, como você sabe, é a teoria mais aceita na atualidade a respeito da origem do Universo e, de acordo com ela, tudo começou a partir de uma espetacular explosão. Desde então, o cosmos continua se expandindo pelo “nada” em todas as direções — mesmo que esse evento tenha ocorrido há mais de 13 bilhões de anos.
Aliás, segundo um levantamento recente, a expansão do Universo está acontecendo mais depressa do que se pensava. Mais precisamente, de acordo com Bryan Nelson, do portal Mother Nature Network, o cosmos está “crescendo” 8% mais rápido do que o previsto e, apesar de isso parecer ser uma excelente notícia, os cientistas explicaram que esse ritmo de aumento não é nada bom.
Segundo Bryan, o problema com a expansão do Universo é que ele não está sendo preenchido — por estrelas, planetas, galáxias etc. Na verdade, os astrônomos pensam que o espaço entre essas coisas todas está aumentando, ou seja, conforme o cosmos se expande, os corpos que existem nele estão se distanciando cada vez mais uns dos outros, e cada vez menos objetos estão se formando.
News.Mic
A má notícia não está na possibilidade de o Universo se tornar um local triste e solitário. Conforme explicamos em uma matéria anterior aqui do Mega Curioso, à medida que o cosmos expande, o calor se distribui de forma mais homogênea pelo espaço, o que significa que ele está perdendo energia e poderá, no futuro, simplesmente “congelar” — quando isso acontecer, o tempo deixará de existir.
Essa previsão, além de triste, agora se tornou ainda mais deprimente, pois os cientistas calcularam que o Universo está se expandindo mais rápido do que eles haviam calculado. Além disso, de acordo com Davide Castelvecchi, do portal Nature, a nova estimativa sugere que o nosso entendimento das leis que regem o cosmos é mais limitado do que previamente se acreditava.
De acordo com o atual modelo cosmológico, os principais fatores que determinam o ritmo de expansão do Universo são a energia e a matéria escura, além da forma como as duas competem entre si. Enquanto a primeira faz com que os objetos que existem no cosmos se acelerem e se distanciem entre si, é a gravidade da segunda quem segura as pontas e mantém tudo “amarrado”.
Popular Science
Entretanto, a descoberta de que a expansão universal está acontecendo a um ritmo mais acelerado pode indicar que o nosso conhecimento a respeito da matéria e da energia escura é mais limitado do que se pensava.
Isso porque medições realizadas anteriormente levaram os cientistas a concluir que a energia escura se manteve constante ao longo da evolução do Universo. Contudo, a nova descoberta pode indicar, por exemplo, que as partículas elementares que a compõem têm propriedades diferentes do que o pensado ou, ainda, que a energia escura se tornou mais forte com o passar do tempo.
Seja como for, o fato é que tudo indica que o Universo aparentemente está caminhando cada vez mais depressa para o próprio fim. Apesar de isso não ser uma notícia muito animadora, o lado bom é que ainda vai demorar muito para isso acontecer. Ademais, até lá, quem sabe os cientistas não descobrem que estavam equivocados — e que o destino do Universo será menos triste do que se tornar um local frio e desolado?
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