Estilo de vida
17/09/2015 às 11:19•5 min de leitura
Como não amar os insetos? Tá bom, não é bem assim, já que quase todo mundo odeia ou tem medo da maioria desses bichos. Mas ninguém pode negar que eles são interessantes e têm características incríveis. Aqui no Mega eles são celebridades reconhecidas, como você pode ver clicando aqui, aqui e aqui.
Seus pequenos exoesqueletos e corpos formados por cabeça, tórax e abdômen, além das seis patas e do par de antenas, é claro, são capazes de realizar muitas coisas. Das minúsculas proporções de sua estrutura, podemos esperar grandes habilidades e incríveis comportamentos.
Por isso, nós trazemos uma lista de 15 características desses seres que mostram por que eles podem ser tão fascinantes. Os itens são baseados em uma publicação do site Live Science. Confira:
Se você pensar que há aproximadamente 9 milhões de espécies animais diferentes no planeta, as somente 1,5 milhão catalogadas pelos cientistas parecem pouco. Mas, pensando sobre isso, dois dados são realmente incríveis: os insetos correspondem a dois terços desse 1,5 milhão, e, dos 9 milhões, quase 90% (eu disse 90%!) são desses pequenos invertebrados. Suas características, como tamanho reduzido, facilidade de reprodução, baixo consumo de energia e auxílio das asas, entre outras, permitem o constante crescimento da população.
Será mesmo que são os humanos que mandam aqui?
Mais de 40% dos insetos são besouros, pelo menos se considerarmos os catalogados, o que totaliza mais de 380 mil espécies e o maior grupo de criaturas da biodiversidade. A grande incidência de besouros no mundo, semelhantemente a outros grupos de insetos, se dá pela versatilidade de seu estilo de vida, o que garante que suas variedades não sejam extintas. Mamíferos e anfíbios, por exemplo, são mais suscetíveis a essa situação.
O planeta é delas, não adianta discutir. Os biólogos Bert Hölldobler e E. O. Wilson estimaram que 10 quatrilhões (é melhor não tentar contar os zeros nem colocar esse número na calculadora, pois provavelmente você não vai conseguir =/) vivem no planeta. Isso, levando-se em conta uma população de 7,3 bilhões de pessoas, representa aproximadamente 1,4 milhão de formigas por ser humano na Terra. Vamos respeitá-las!
Você pode encontrar insetos pelo mundo todo, ou quase todo. Isso porque na Antártida a presença desses bichos é bem escassa. A única espécie de inseto verdadeira no continente de gelo é pequena Belgica antarctica,que possui entre 2 e 5 milímetros. Para sobreviver ao meio tão gelado, entre diversas adaptações, essa variedade consegue suportar o congelamento com seus fluidos corporais e absorver o máximo de luz solar possível, por meio de sua carcaça preta escura, para se manter aquecida.
A espécie Belgica antarctica
Se você realmente odeia os insetos e quer ir para um lugar onde se livre deles, a única saída é desenvolver guelras e nadadeiras e procurar abrigo no oceano. Não se sabe ao certo o porquê, mas acredita-se que não haja insetos nos oceanos em virtude de o ambiente não ser favorável, principalmente pela falta de recursos e plantas para a alimentação. Há outra teoria que diz que os crustáceos, uma espécie de primos dos insetos, tomaram conta dos oceanos “expulsando os insetos para fora” ao longo dos anos da evolução.
Os insetos estão há muito mais tempo do que nós na Terra. Aliás, há bem mais tempo até que os dinossauros, já que surgiram neste mundo há aproximadamente 400 milhões de anos, de acordo com o fóssil de inseto mais antigo encontrado. Os grandes répteis, estima-se, iniciaram sua passagem por este planeta 170 milhões de anos depois dos pequenos invertebrados, que são apontados como os primeiros seres vivos a começar a transição dos oceanos para a terra.
Datado de 250 milhões de anos atrás, segundo os cientistas que analisaram o fóssil encontrado, o maior inseto que viveu na Terra é o Meganeuropsis,que era um tipo de libélula com uma extensão de asas que chegava a quase 1 metro de comprimento. Estima-se que seu reinado tenha acontecido entre 290 e 250 milhões de anos atrás e que eles se alimentavam de outros insetos e alguns tipos de pequenos anfíbios.
Se você já viu uma libélula, certamente percebeu o barulho forte que ela faz ao agitar as asas. Já imaginou se deparar com uma dessas de quase 1 metro?
Atualmente, o maior inseto em comprimento na Terra é o Phobaeticus chani, que é uma das espécies do popular bicho-pau. Ele pode chegar a 66 cm e é nativo da ilha de Bornéu. Mas, apesar de grande, esse inseto é leve perto do chamado Deinacrida heteracantha, uma espécie de inseto sem asas que pode chegar a pesar 0,5 kg.
Enquanto isso, a menor espécie de inseto existente hoje é um tipo de vespa da Costa Rica cujo macho mede 0,14 mm.
Imagine se você pudesse ter uma visão de 360 graus. É no mínimo interessante pensar numa situação em que você perceba praticamente tudo que ocorre à sua volta. Bem, é isso que quase acontece com as libélulas, pois elas têm quase uma visão total de seu entorno. Mas como isso ocorre com as libélulas e algumas outras espécies de insetos? Elas possuem olhos compostos formados por várias unidades individuais chamadas omatídeos. A libélula, por exemplo, apresenta cerca de 30 mil unidades como essa em seu globo ocular, fazendo com que ela seja a espécie com o olho composto mais impressionante que a ciência já viu.
O olho-composto de uma libélula
Alguns insetos possuem um olho extra. Isso mesmo, é um terceiro olho que fica acima da linha dos principais, onde seria o equivalente à “testa” dos bichos. Estudos recentes mostram que algumas espécies utilizam esse órgão para identificar e distinguir luzes.
O recorde estimado para a velocidade alcançada por um inseto é de 145 km/h. Essa marca foi calculada por um ex-professor de Entomologia da Universidade da Flórida, quando ele resolveu atirar um pequeno grão com um rifle de ar para verificar se o macho de uma espécie de mosca seria capaz de pegá-lo. E ele o fez!
Alguns insetos possuem uma vida maior na forma de larvas ou casulos do que como um reprodutor adulto, e a maioria leva alguns dias ou semanas nessa fase. Porém, em algumas espécies de formigas, abelhas e vespas, a rainha chega a viver várias décadas. De acordo com uma pesquisa de 2013, a formiga-vermelha rainha chega a viver 30 anos.
A rainha de uma espécie de cupim encontrada na Ásia e na África, certa vez, foi estudada por um entomologista que constatou que ela botava ovos a cada 2 segundos. Sabe quanto isso resulta em um dia? Aproximadamente 43 mil unidades soltas. Que fôlego, não?
No mais, a maioria das “rainhas comuns”, se é que podemos chamar assim, bota de 6 a 7 mil ovos por dia – o que também não é pouco, diga-se de passagem…
Enquanto um homem não consegue saltar uma altura maior que uma vez a sua própria estatura, uma espécie de cigarra com o nome Philaneus spumarius atinge mais de 100 vezes a própria altura (cerca de 70 centímetros) com um salto. A constatação é do jornal Nature e foi relatada por um cientista em 2003, sendo o recorde entre os pulos de insetos.
Sim, o besouro-do-esterco é a espécie de inseto mais forte que se conhece. O bicho consegue carregar um peso 1.141 vezes maior que o seu próprio, segundo reportado por alguns cientistas em 2010.
O besouro-do-esterco
Por uma questão de curiosidade, nesse item os humanos são capazes de vencer (Yesss!). Conforme o recorde mundial registrado no “Guinness Book”, o pastor canadense Kevin Fast conseguiu arrastar um Boeing C-17 Globemaster III por 9 metros. Como o peso do avião é de 188,8 toneladas e o do recordista é de 136 kg, a proporção é de 1.388 vezes.