Artes/cultura
15/04/2013 às 10:04•2 min de leitura
Mesmo que você não preste muita atenção aos bumbuns dos macacos, já deve ter percebido que algumas espécies contam com traseiros bem coloridos, que variam do avermelhado ao azul. Mas para entender como esses animais podem sair por aí rebolando com tantas cores, segundo o pessoal da Universidade Rockfeller, dos EUA, primeiro é necessário compreender como a luz interage com a pele e outros tecidos vivos.
Essa questão já foi abordada em uma matéria que publicamos aqui no Mega Curioso, na qual explicamos o motivo de as veias serem azuladas sendo que o sangue é vermelho. Assim, basicamente, a luz é composta por partículas energéticas chamadas fótons, e a cor que nós enxergamos é a forma como os olhos interpretam os comprimentos de onda da luz refletidos pelos objetos que observamos.
Depois que a luz é absorvida, os olhos veem o tom — ou o comprimento de onda — que determinado objeto reflete. Sendo assim, a cor branca é o resultado do reflexo de todos os comprimentos de onda, enquanto a preta é a consequência da absorção de todas elas. No caso do sangue (fora das veias), por exemplo, ele é capaz de absorver todos os comprimentos de onda menos o vermelho, e é por essa razão que essa é a cor que enxergamos.
Acontece que a pele conta com diversas camadas e não é capaz de absorver muita luz, acabando por refletir quase todos os comprimentos de onda que chegam até ela. No entanto, essas camadas contêm vários pigmentos que, por sua vez, também podem afetar a forma como a luz é refletida.
O tecido do bumbum dos babuínos, por exemplo, está organizado de forma que o comprimento de onda que corresponde à cor vermelha seja o refletido, e é por isso que enxergamos seus esquisitos traseiros com aquela cor mais avermelhada. Mas que tal deixarmos a Física por aqui e conferirmos alguns dos traseiros mais curiosos do reino animal? Pelo menos agora você já sabe por que é que eles são tão coloridos!
Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia
Dono do bumbum mais colorido de todos os primatas, o Mandril rebola pelo reino animal com um verdadeiro arco-íris estampado no corpo. Mas além do traseiro, esses primatas — especialmente os machos — também contam com faces coloridas, que vão se tornando mais vibrantes conforme eles alcançam a maturidade sexual. Os traseiros multicores provavelmente servem para que os animais possam se identificar e se locomover em grupo pela selva.
Fonte da imagem: Reprodução/POPSCI
Conhecido por ter olhos muito parecidos aos dos humanos, o Macaco-Lesula é famoso mesmo por contar com um espetacular bumbum azul claro.
Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia
As curiosas nádegas desses primatas, que apresentam uma característica tonalidade avermelhada, são formadas por uma espécie de calosidade e funcionam como se fossem “almofadinhas integradas”, fazendo com que seja mais confortável se sentar pelas diferentes superfícies da floresta.
Fonte da imagem: Reprodução/POPSCI
Assim como ocorre com os babuínos-sagrados, os bumbuns dos Gelada também são compostos por calosidades “almofadadas”, só que com uma coloração diferente.
Fonte da imagem: Reprodução/POPSCI
Com esse traseirão vermelho e inchado, as fêmeas da espécie Macaca nigra — que apresentam um comportamento bastante promíscuo — costumam indicar aos machos quando estão dispostas ao acasalamento.