Estilo de vida
10/09/2019 às 06:48•4 min de leitura
Quais raças de cães poderiam ter existido na época de Jesus? E na Idade Média? Com certeza, devem ter existido linhagens que provavelmente não sobreviveram à passagem das gerações.
Você consegue imaginar um mundo canino sem raças como Pastor Alemão, Labrador, Beagle, Pinscher, Pit Bull, Doberman, Basset e tantos outros peludos que adoramos? Há algumas razões para certas raças de cães se extinguirem totalmente da face da Terra.
Muitas linhagens são cruzadas, transformando-se completamente em novos tipos de cães para se adequar a uma forma ou uma função específica. Outras foram aniquiladas por predadores, incluindo os seres humanos, ou ignoradas pelos criadores que os sustentavam no passado.
Seja qual for o motivo, a extinção de raças de cães é permanente e provavelmente não vai parar de acontecer. O pessoal do Mental Floss reuniu 10 exemplos de raças de cães que já não existem mais. Confira abaixo.
Fonte da imagem: Reprodução/Teara
A raça Kuri foi levada, provavelmente, do leste da Polinésia para a Nova Zelândia por volta do século 14. Embora seja dito que o cão era um companheiro favorito das mulheres Maori, nem todo mundo gostou da raça. "Eles eram traiçoeiros e nos mordiam frequentemente", escreveu Marie Julien Crozet, uma francesa que viajou para a Nova Zelândia como parte de uma expedição em 1771.
Os cachorros Kuri foram muitas vezes descritos como feios e teimosos com um pobre sentido de olfato e a raça foi se perdendo, tornando-se extinta. Um exemplar empalhado de um Kuri está exposto atualmente no Museu Te Papa Tongarewa, na Nova Zelândia (imagem acima).
Fonte da imagem: Reprodução/Mental Floss
Este cão de caça branco era tão bem-visto na Idade Média, que muitos brasões de família da época apresentavam a sua imagem. Alguns historiadores acreditam que William, o Conquistador, levou a raça para a Inglaterra em 1066.
Apesar de ser um cão de caça, ele era um pouco lento, mas muito leal e tinha um excelente senso de olfato, sendo muitas vezes utilizado em batalhas. Os Talbot foram todos extintos no século 16, mas seu legado foi herdado por seu tatara-tatara-tatara-tatara-neto, o Beagle.
A raça amado pelos romanos e gregos, o Molossus foi o precursor do Mastiff, São Bernardo e outras raças grandes. Acredita-se que eles eram utilizados para a caça, pastoreio e para rinhas. Aristóteles era fã da raça e até escreveu sobre ela:
"É a raça ‘Molossian’ de cães, como são empregados na caça são praticamente os mesmos que em outros lugares, mas os cães desta raça são superiores aos outros em tamanho e na coragem com que eles enfrentam os ataques de selvagens".
Fonte da imagem: Reprodução/Mental Floss
Este cão cruel e poderoso, que é como uma mistura de Bull Terrier e Bulldog, foi utilizado para combates na Argentina. O grande problema dele é que, quando era hora de acasalar, os machos e fêmeas se atacavam violentamente como nas brigas, causando a falta de descendentes e consequente extinção.
Assim como o Kuri, este cão tinha origem polinésia. Os cachorros Poi eram alimentados com uma dieta vegetariana pastosa e as suas cabeças tornaram-se grandes e planas, devido ao desuso dos ossos da mandíbula. Esta dieta também contribuiu para sua obesidade galopante e a raça começou a desaparecer no século 18, após o acasalamento com outros cães que foram introduzidos no Havaí.
Fonte da imagem: Reprodução/Books Forever
Originário da Grã-Bretanha, o Paisley foi criado para ser uma variação menor do cão da raça Skye Terrier. Ele também foi pensado para ser um cão especialmente de estimação e mostras, sendo extinto depois que a demanda pela raça em exposições de cães diminuiu drasticamente.
Fonte da imagem: Reprodução/Mental Floss
Este cão de caça nacional francês foi criado pela primeira vez no século 19 e, embora muitas raças semelhantes possam ser encontradas hoje, o Braque du Puy em sua forma original não existe mais. Ele era conhecido por ser rápido e flexível, de tamanho médio para grande.
Fonte da imagem: Reprodução/Wikipedia
Esta raça é o antepassado dos retrievers modernos, incluindo o Flat Coated Retriever, o Chesapeake Bay Retriever, o Golden Retriever e o Labrador Retriever. A raça era originária da província francesa no Canadá chamada Newfoundland e seus exemplares foram exportados em grande quantidade, dando origem às raças citadas acima após cruzamentos com outras.
As versões originais do St. John foram acabando lentamente, sendo que alguns permaneceram até o final século 20. Infelizmente, nos anos 70 só existiam dois, mas eram machos, o que causou a condenação final da raça.
Fonte da imagem: Reprodução/Mental Floss
Conhecido também como buldogue alemão, esse cão era conhecido por sua força e agilidade. Cerca de 30 exemplares foram cruzados pela Boxer Kennel Club da Alemanha em 1900, com buldogues trazidos das Ilhas Britânicas e o resultado foi bom. Então, os proprietários alemães começaram a cruzar seus cães com todos os tipos de buldogues e boxers, que produziram uma raça indistinguível após a Segunda Guerra Mundial.
Uma razão pela qual tal quantidade de sangue alemão foi usada para criar o cão Boxer era o desejo de eliminar o excesso de cor branca da raça, e da necessidade de produzir milhares de cães para uma das raças mais populares do mundo. Com isso, o verdadeiro Bullenbeisser foi extinto.
Bichon: um descendente do Coton de Reunion Fonte da imagem: Shutterstock
O Coton de Reunion foi o ancestral de raças como Bichon Frisé e Maltês. A história conta que uma raça europeia chamada Bichon Tenerife foi levada para as Ilhas do Oceano Índico de Mauritus e Reunion por marinheiros e navios comerciais nos séculos 16 e 17.
Lá, os exemplares cruzaram com cães locais, dando origem a essa raça. Como você deve desconfiar, “Coton” em francês é o mesmo que “cotton” do inglês e significa algodão, como os pelos desses fofinhos se pareciam.