Artes/cultura
20/11/2014 às 06:59•2 min de leitura
Você conhece as temidas aranhas-marrons? Pois, dependendo de onde você mora, talvez essas criaturinhas não imponham muito risco para a população. Contudo, em algumas localidades — especialmente aquelas nas quais os predadores naturais dessa espécie tenham desaparecido — elas são bastante comuns e ativas, e é bom ficar esperto com esses aracnídeos.
Do gênero Loxosceles sp, as aranhas-marrons se caracterizam por contar com três pares de olhos — em vez de quatro, como a maioria das espécies — e algumas apresentam o desenho de uma estrela no cefalotórax, parte do corpo que agrupa a cabeça e o tórax. Além disso, o abdome desses aracnídeos costuma ser coberto por pelos bem fininhos e ter coloração marrom uniforme, dando a eles uma aparência aveludada.
As patinhas — longas e finas — das aranhas também são cobertas por esses pelinhos. Seus corpos medem cerca de 1 centímetro de comprimento por meio centímetro de largura, e os machos costumam ser menores e ter patinhas mais longas do que as fêmeas. Contando com as patas, as aranhas-marrons geralmente não ultrapassam mais do que apenas 3 ou 4 centímetros de diâmetro, mas não se deixe enganar pelo pequeno porte dessas criaturas!
Apesar de não serem agressivas, as picadas são venenosas, e todo mundo que tiver um encontro desafortunado com uma aranha-marrom deve procurar ajuda médica. O problema é que, como as picadas não são dolorosas, muitas vezes elas passam despercebidas. O desconforto costuma aparecer algumas horas depois do ataque, acompanhado de sintomas como vermelhidão, inchaço, queimação, coceira, surgimento de uma mancha roxa e bolhas.
Após alguns dias, outros sinais podem aparecer, como dor de cabeça e pelo corpo, mal-estar, febre, náusea e necrose da região picada — cuja gangrena pode chegar a afetar uma área equivalente ao tamanho de uma mão humana e deixar cicatrizes bem feias. Em casos mais raros, as vítimas ainda podem sofrer falência renal, convulsões, icterícia, urinar sangue e entrar em coma.
Vale lembrar que as reações que descrevemos acima dependem da quantidade de veneno injetado pela aranha e da sensibilidade de cada um à toxina. Na maioria dos casos, a picada se cura sozinha sem deixar vestígios ou cicatrizes. Entretanto, caso você tenha o azar de ser picado por uma aranha-marrom, não espere a coisa se complicar para procurar ajuda! Assim que você perceber os primeiros sinais da picada, corra para um hospital.
Por sorte, as aranhas-marrons costumam ser tímidas e gostam de se esconder em abrigos escuros, quentes e secos. Em ambientes externos, essas criaturinhas geralmente “montam acampamento” em locais como buracos, folhas secas, cascas de árvores etc. Já nas casas, elas gostam de ocupar cantinhos como caixas, atrás de armários e quadros, assim como estantes e livros.
Na verdade, os seres humanos não fazem parte de seu “cardápio”, já que as aranhas-marrons têm predileção por pequenos insetos, como cupins, traças e formigas. No entanto, nas casas elas também podem se esconder em locais como sapatos, toalhas, roupas, lençóis e cobertores, e é aí que os acidentes com pessoas acontecem.
Comentamos lá no início da matéria que apenas a população de determinadas localidades sofre com os ataques das aranhas-marrons — como é o caso de várias cidades do estado do Paraná, incluindo a capital, Curitiba —, especialmente por conta da falta de seu principal predador natural, a lagartixa. Assim, se você quiser evitar que essas aranhas invadam a sua casa, cultive um pequeno time de devoradoras de aranhas!