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27/11/2014 às 12:54•3 min de leitura
Não há como negar que consideramos várias espécies de ursos muito fofas (principalmente os pandas), mas sabemos muito bem que eles podem ser animais agressivos e perigosos. Porém, antes de tudo, os ursos são animais imponentes e muito interessantes.
Em se tratando dos ursos polares, eles são ainda mais admiráveis. Habitantes dos climas congelantes do círculo polar ártico, os ursos polares podem viver tranquilamente em regiões com neve e geleiras, onde praticam o seu papel de caçadores vorazes, não sendo nada bonzinhos com as suas presas.
De acordo com o artigo de Alina Bradford, do Live Science, os ursos polares formam a maior espécie de urso (Ursus maritimus), sendo os maiores carnívoros terrestres da atualidade. Para medir a altura dos ursos, geralmente isso é feito com o comprimento da cabeça ao traseiro do animal quando eles estão com as quatro patas no chão.
Dessa forma, em média, os ursos polares ficam de 1 a 1,5 metros de altura, mas quando está de pé sobre as patas traseiras, um urso polar macho adulto pode chegar a quase três metros. Longitudinalmente, eles têm de 2,2 a 2,5 metros da cabeça ao traseiro, sendo que a sua cauda acrescenta mais 7,5 a 12,5 centímetros.
Sobre a questão do peso, os machos são mais pesados do que as fêmeas. Para você ter uma ideia, um urso polar macho pesa em torno de 350 a 800 quilos.
Porém, eles podem muito bem chegar a um peso mais alto do que esse, como o do maior urso polar já registrado, que pesava uma tonelada! Esse exemplar foi morto em Kotzebue Sound, no noroeste do Alasca, em 1960, e está em exposição no aeroporto de Anchorage. As fêmeas são mais levinhas, pesando de 150 a 300 quilos.
Os ursos polares são animais realmente belos com seus pelos claros. Mas sabia que, apesar da pelagem dos ursos parecer branca, ela é, na verdade, transparente? A aparência branca vem da luz refratada através dos fios.
Durante o verão, essa pelagem pode ser tornar um pouco amarelada devido à oxidação provocada pelo sol ou até acinzentada, dependendo da época ou condições de luz.
Essa tonalidade de seus pelos fornece uma boa camuflagem para os animais na neve ou no gelo. O interessante é que a pele, embaixo dos pelos, é bem escura (que cobre uma camada extra de gordura), fornecendo um isolamento para absorver melhor o calor dos raios do sol para que o animal fique bem aquecido nas temperaturas gélidas.
Essa pele cresce também na parte inferior das suas patas, protegendo-os contra as superfícies frias e proporcionando uma boa aderência no gelo.
Além disso, as patas dianteiras guardam outra característica interessante: elas são levemente “aladas” entre os dedos, o que as tornam ideias para remar durante o nado. Aliás, os ursos polares são excelentes nadadores e isso é ótimo também para a caça. Eles podem nadar até 100 quilômetros sem descanso.
De acordo com o Live Science, os ursos polares vivem em países que circundam o Círculo Polar Ártico: Canadá, Rússia, Estados Unidos (no Alasca), Groenlândia e Noruega. No inverno, as temperaturas no Ártico são geralmente em torno de menos 34 graus Celsius negativos, podendo atingir até 69 graus Celsius negativos.
Porém, ao contrário dos outros ursos, os polares não hibernam no inverno. Eles continuam a caçar, a menos que o clima esteja extremamente frio (além do que já é normalmente). Se for esse o caso, eles podem procurar abrigo em uma toca na neve.
Infelizmente, essa é a cadeia alimentar: um animal belíssimo que adora comer outro animal belo e fofinho. Sim, os ursos polares adoram se alimentar de focas. Elas têm a carne gordurosa do jeito que os ursos gostam e necessitam para sobreviver, ficarem fortes para amamentar os filhotes e para manter a temperatura do corpo.
Segundo o Live Science, os ursos polares precisam de cerca de dois quilos de gordura por dia. Portanto, comer uma foca, que pesa em média 55 quilos, pode garantir um bom estoque de energia por alguns dias. Se a foca tá em falta no mercado ártico, os ursos polares aceitam outras refeições como peixes, ovos, vegetação, renas, roedores, aves, frutas e até lixo de humanos.
Entre os ursos polares, as fêmeas atingem a maturidade sexual aos quatro anos de idade, quando se tornam prontas para reproduzir. A gestação desses animais pode durar, em média, 230 dias, podendo ainda variar de 195 a 265 dias.
De acordo com o National Geographic, para se preparar para dar a luz aos seus filhotes, a fêmea cava um buraco profundo entre os montes de neve, oferecendo um local mais isolado dos perigos que eles podem correr enquanto estão vulneráveis após o nascimento.
Geralmente, a fêmea dá a luz á gêmeos, mas filhotes únicos e trigêmeos também já foram registrados. Os jovens filhotinhos vivem com suas mães por cerca de 28 meses para aprender as habilidades de sobrevivência do extremo norte.
E a fêmea protege com unhas e dentes os bebês ursos, pois não recebe nenhuma proteção extra ou apoio de seus companheiros masculinos. Os ursos polares vivem em torno de 15 a 20 anos.
De acordo com a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), os ursos polares são considerados “vulneráveis” desde 2006. O número da população de ursos polares está em declínio, e seu habitat está ameaçado devido ao aquecimento global. Acredita-se que existam apenas de 20 mil a 25 mil ursos na vida selvagem.