Artes/cultura
05/09/2015 às 06:34•1 min de leitura
Recentemente, o estudante de Ph.D Mark Wong estava andando pela Floresta Estadual de Tallaganda, no estado australiano de Novo Gales do Sul, à procura de diferentes espécies de aranhas. Durante a caminhada, ele moveu uma pedra que revelou a entrada da toca de uma Atrax sutherlandi, uma subespécie de aranha teia-de-funil natural da Austrália, que pode chegar a medir cerca de cinco centímetros, mas que produz um veneno forte o suficiente para matar uma pessoa.
O estudante então começou a cutucar o interior da toca, tentando fazer a aranha se revelar, mas teve uma surpresa ao perceber que o exemplar que surgiu possuía uma cor nunca antes registrada naquela espécie. As presas e a região dorsal do aracnídeo eram vermelhas, quando o normal é que as A. sutherlandi sejam quase completamente pretas, com exceção da parte de baixo do corpo que costuma ser marrom escuro.
Amber Beavis, especialista em aranhas e pesquisadora sênior no Instituto Regional Austrália, disse ao National Geographic que é comum a várias espécies animais apresentarem variações de cor, mas o caso dessa aranha em particular é particularmente intrigante. Isso porque as aranhas dessa espécie em particular enxergam muito mal, são solitárias e passam a maior parte do tempo na segurança de suas tocas, então a variação de cor não traria benefícios para o acasalamento, por exemplo.
Comparação entre uma aranha A. sutherlandi comum e o espécime encontrado por Mark Wong - Imagem: National Geographic
A especialista passou cinco anos explorando a mesma região que o estudante e nunca tinha visto nada parecido. Wong capturou o exemplar único e o levou para o laboratório do Instituto, mas o animal acabou morrendo. Uma busca minuciosa pela região não foi capaz de encontrar outro espécime semelhante, o que indica que o provável motivo para aquela aranha ter partes do corpo vermelhas foi uma mutação genética.
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