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08/12/2015 às 07:55•4 min de leitura
Todos os anos, quando chega a época de Natal, o Papai Noel surge como figura importante em todas as decorações espalhadas pelas cidades. Sempre que o bom velhinho aparece dirigindo o seu trenó, outros personagens também se fazem indispensáveis: as renas. Por estarem tão ligadas a essa situação e possuírem muitos mitos atrelados à sua história, para muitas pessoas os animais não passam de seres de ficção.
No entanto, a verdade é que elas existem, sim, e possuem diversos fatos curiosos acerca de sua existência. Desde habilidades que têm para sobrevivência até como elas foram incluídas ao mito do Papai Noel, confira 15 curiosidades incríveis sobre as renas na lista baseada em uma publicação do site Mother Nature Network:
Por mais que haja muitas divergências sobre a relação de parentesco existente entre as renas e os caribus, em muitos lugares as nomenclaturas são atribuídas como sendo sinônimos. No entanto, um estudo comprovou que há diferenças genéticas entre os dois animais e que, por mais que eles sejam primos próximos, não são a mesma coisa.
A pesquisa, apresentada pela publicação científica Nature Climate Change, consistiu em um mapeamento genético que mostrou o padrão de migração das espécies conhecidas como Rangifer tarandus, que incluem tanto as renas quanto os caribus, nos últimos 21 mil anos. O biólogo do Instituto de Biologia de Conservação Smithsonian, Don Moore, descreve as renas como uma “raça mais domesticada de caribus”.
Para se adaptar às variações do clima das regiões onde moram, as patas das renas sofrem transformações ao longo das estações do ano. Por exemplo, no verão, quando a neve derrete e surge a vegetação da tundra, os revestimentos de seus pés ficam parecidos com esponjas, o que garante maior tração para o terreno. No inverno, o casco volta a ficar exposto com a retração e o aperto das almofadas, e isso permite que as renas consigam penetrar na neve e escavar com mais facilidade.
As renas são a única espécie de cervo na qual tanto machos quanto fêmeas possuem chifres. Mas a maior revelação nesse sentido é sobre a lendária equipe de puxadores do trenó do Papai Noel, já que os machos perdem a galhada no início do inverno, enquanto com elas isso só vai acontecer muito depois. Portanto, pela lógica da natureza, como no Hemisfério Norte o Natal acontece no inverno e todas as renas do velhinho possuem chifres, em teoria pode-se dizer que elas são fêmeas.
Como constituem importantes fontes de cálcio e outros minerais, os chifres soltos pelas renas acabam sendo comidos por diversos roedores e outros animais. Nas épocas anuais de troca de chifres, as terras habitadas por essa espécie ficam lotadas com as peças descartadas e a limpeza fica a cargo das espécies que as devoram.
Por serem ocos, os pelos que revestem o couro das renas retêm o ar. É isso o que as mantém isoladas e quentes, as permitindo viver em ambientes de frio intenso como o do Ártico.
Não, infelizmente as renas não voam na vida real. No entanto, possuem uma habilidade incomum para nadar, podendo atingir quase 10 km/h. Com ajuda da capa de pelos, elas atravessam grandes extensões de mares gelados e largos rios de correnteza forte.
As renas são os mamíferos terrestres com a maior capacidade de migração que existem. Não são todas que realmente viajam para outros lugares, mas algumas norte-americanas que o fazem chegam a percorrer, em média, 37 km em um dia. Em um ano, podem atingir cerca de 5 mil km percorridos.
Enquanto nós, humanos, com nossa limitada visão, conseguimos enxergar comprimentos de ondas com aproximadamente 400 nanômetros, as renas conseguem ver até 320 nanômetros. Isso permite a elas enxergarem coisas que nós só conseguimos ver com auxílio de luz negra. Além disso, elas são os únicos mamíferos capazes de distinguir os raios ultravioleta, conforme foi descoberto por pesquisadores da Universidade de Londres. A visão aguçada ajuda na sobrevivência no Ártico, onde a luz é intensa.
Os filhotes de rena são capazes de correr com 90 minutos de vida e podem percorrer vários quilômetros com apenas algumas horas depois do nascimento.
Diferentemente da maioria dos outros bebês de cervos, os filhotes de renas não nascem com manchas. De qualquer forma, eles são tão bonitinhos quanto todos os outros.
O leite produzido pelas renas é tido como o mais rico e nutritivo leite produzido por um mamífero terrestre. Apenas por uma questão de comparação, enquanto o leite bovino possui somente cerca de 3 a 4 por cento de nata, o produto delas tem 22 por cento dessa substância e ainda mais 10 por cento de proteína.
Para se adaptar ao ambiente severo em que vivem, não são muitas as opções de alimentos que possuem. Por isso, as renas adoram os líquens, principalmente os da espécie Cladonia rangifera, ou “musgo de rena”, como é popularmente conhecido.
Em inglês, o macho das renas também é chamado de “bull” (boi), a fêmea de “cow” (vaca) e os filhotes, de “calves” (bezerros). Isso as difere da maioria dos outros tipos de cervo, que possuem nomenclaturas diferentes, como “bucks”, “does” e “fawns”.
Desde que as renas se tornaram parte integrante do conto do Natal, cada uma das 8 responsáveis por puxar o trenó do Papai Noel possui um nome diferente. Eram elas: “Dasher, Dancer, Prancer, Vixen, Comet, Cupid, Dunder e Blixem”, e surgiram na publicação “Uma visita de São Nicolau”, no ano de 1823. Mas após algum tempo, as duas últimas foram trocadas do holandês para o alemão, ficando como “Donner” e “Blitzen”, que significam “trovão” e “relâmpago”, respectivamente.
Uma das adaptações em animação para a história de "Rudolf, a rena do nariz vermelho"
A famosa rena com nariz cor de rubi foi uma criação do escritor Robert L. May, no ano de 1939. Ele escreveu o livro infantil “Rudolf, a rena do nariz vermelho”, e o personagem principal acabou sendo introduzido na lenda do Papai Noel. Rudolf, em alemão, significa “lobo famoso”.
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