Artes/cultura
16/08/2016 às 11:15•3 min de leitura
De acordo com pesquisadores da Universidade de Sussex, do Reino Unido, os elefantes conseguem distinguir idiomas humanos diferentes, além de nos separar corretamente por gênero e idade. Além disso, se uma voz se encaixa dentro do que ele conhece como ameaça, levando em conta vários fatores, ele assume uma posição mais defensiva.
Um teste para comprovar isso foi feito no Quênia, com representantes dos grupos étnicos Maasai e Kamba. Os primeiros têm histórico de caça de elefantes, que se assustaram ao ouvir a gravação de um homem na sua língua de origem. Já quando os Kamba falavam a mesma frase, os elefantes não mostravam nenhuma reação – esse grupo não persegue os animais.
Já a mesmíssima gravação dita por mulheres ou crianças de qualquer uma das etnias não teve nenhuma reação dos elefantes, provando que eles conseguem separar os seres humanos por seu gênero e sabendo quem são os que mais trazem ameaça – nesta pesquisa, os homens Massai.
No Quênia, a relação entre os elefantes e os homens da tribo Maasai não é das melhores
Em 2010, um elefante mostrou que a fome é capaz de mexer com qualquer “serumaninho” – até os mais animalescos. O zoológico de Washington, nos EUA, colocou algumas frutas fora do alcance de Kandula, um elefante de 7 anos, para ver qual seria sua reação. Depois de alguns dias, ele se deu conta de que poderia arrastar um cubo plástico para servir de escada para chegar até os alimentos.
A primeira tentativa foi frustada, mas Kandula aprendeu a técnica e buscou mais caixotes em outro canto de sua jaula e os empilhou para ter um apoio mais alto e finalmente alcançar as frutas. Isso mostra inteligência acima do normal, igual a quando eles usam varas para coçar em lugares que não alcançam.
Dois recipientes idênticos foram colocados em uma jaula de elefantes: um com comida e outro vazio. Quando eles precisavam se aproximar por conta própria, a escolha era aleatória. Porém, quando algum humano apontava para qual dos potes estava a comida, o nível de acerto foi de 68% – isso é apenas 5% mais baixo do que o mesmo resultado obtido por bebês humanos de 1 ano de idade.
Ele compreendem alguns gestos humanos
Enquanto muitos seres humanos precisam aprender a realidade desse conceito para termos uma sociedade cada vez com mais humanidade, os elefantes já dominam a arte da empatia há tempos. Quando algum espécime está triste ou angustiado, outro elefante se aproxima e tenta confortá-lo, seja através de sons ou de carícias. Tal nível de empatia só é visto na natureza em algumas espécies de macacos.
O título do tópico é um pouco forçado, mas o comportamento enlutado dos elefantes está realmente intrigando os cientistas. Frequentemente, esses animais acariciam o corpo inerte de um parente falecido e ficam ao seu lado durante horas. Alguns até tentam enterrar o corpo de seus companheiros! A mesma reação não acontece quando os elefantes encontram algum outro animal morto.
Em 2012, o elefante Koshik surpreendeu os pesquisadores da Coreia do Sul: ele era capaz de dizer 5 palavras em coreano, mesmo que talvez não entendesse os significados delas. De acordo com os cientistas, ele deve ter tentado reproduzir o que escutava – algo considerado fenomenal, já que as estruturas de fala de seres humanos e elefantes são completamente diferentes.
Você já deve ter ouvido esse ditado, e ele realmente é verdadeiro. No deserto, os elefantes se lembram de rotas para encontrar poços de água mesmo depois de terem caminhado muito tempo ou uma distância muito grande. Eles também formam laços de amizade e conseguem reconhecer antigos companheiros mesmo depois de um longo tempo separados. No vídeo abaixo, por exemplo, os elefantes Shirley e Jenny se reencontram depois de 20 anos (!!!) e o reconhecimento é imediato.