Artes/cultura
01/10/2018 às 11:30•2 min de leitura
Imagine a reação de um cientista do século 19 se as viagens no tempo fossem possíveis e ele pudesse ser transportado aos dias atuais! Nas últimas décadas, não só a humanidade conseguiu a façanha de viajar até a Lua, como enviou sondas, foguetes e laboratórios sobre rodas a várias partes do Sistema Solar, e construiu telescópios poderosíssimos que permitem que os astrônomos possam inclusive observar “enxergar” astros situados a milhares e até milhões de anos-luz de distância da Terra.
No século 19 já existiam — há muito tempo — dispositivos que os cientistas de então podiam usar para observar o cosmos. No entanto, o que não havia eram equipamentos capazes de capturar imagens em altíssima resolução, em diferentes comprimentos de onda ou que permitissem a digitalização dos objetos observados. E era aí que artistas como o francês Étienne Léopold Trouvelot entravam em ação.
De acordo com Jennifer Ouellette, do site Ars Technica, Étienne se mudou com a família para os EUA em meados do século 19, depois que Napoleão ascendeu ao poder na França, e iniciou a carreira como ilustrador e artista se dedicando especialmente em retratar imagens naturalistas. Porém, após testemunhar diversas auroras boreais e desenvolver o gosto pela astronomia, o francês começou a criar belas ilustrações astronômicas.
Étienne Léopold Trouvelot (Wikimedia Commons/Domínio Público)
Segundo Jennifer, ao longo de sua frutífera carreira, Étienne produziu cerca de 7 mil dessas ilustrações, e elas eram tão boas que chegaram a chamar a atenção do (então) diretor do Harvard College Observatory — complexo que reúne uma porção de instrumentos para observações astronômicas e que até hoje faz parte da Universidade de Harvard — e resultaram em sua contratação.
Uma vez em Harvard, Étienne ganhou acesso a equipamentos muito mais potentes do que os amadores que ele usava — e passou a retratar com a maior fidelidade possível o que esses dispositivos mostravam. O curioso é que, segundo Jennifer, com os avanços tecnológicos e a chegada da fotografia astronômica, Étienne chegou a dizer que as câmeras jamais seriam capazes de substituir o olho humano, portanto, seria interessante poder transportá-lo aos dias atuais e ver se sua opinião continuaria a mesma!
Enfim, as ilustrações que você pode conferir abaixo foram todas criadas a partir de observações de Étienne e apresentadas durante a primeira Exposição Universal, que ocorreu em Filadélfia, nos EUA, em 1876. Veja a seguir:
(Étienne Léopold Trouvelot)
Ilustração de 1880.
(Étienne Léopold Trouvelot)
Ilustração de 1874.
(Étienne Léopold Trouvelot)
Ilustração que retrata o eclipse total do dia 29 de julho de 1878.
(Étienne Léopold Trouvelot)
Ilustração de 1877.
(Étienne Léopold Trouvelot)
Cratera de impacto situada na Lua em ilustração de 1875.
(Étienne Léopold Trouvelot)
Ilustração de 1872.
(Étienne Léopold Trouvelot)
Elas já eram conhecidas e observadas no século 19.
(Étienne Léopold Trouvelot)
Ilustração de 1875.
(Étienne Léopold Trouvelot)
Leônidas, em ilustração de 1868.
(Étienne Léopold Trouvelot)
Descoberto por John Tebbutt em maio de 1881.
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